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Política & Poder

Sete partidos concentraram 68% da votação para a Câmara dos Deputados

Em relação a 2018, o PL também teve o maior crescimento proporcional de votos em seus candidatos a deputado

FolhaPress

06/10/2022 13h49

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Ranier Bragon e Lucas Marchesini
Brasília, DF

O mapa da votação para a Câmara dos Deputados, que inclui eleitos e não eleitos, mostra uma clara divisão de tamanho hoje entre os 32 partidos políticos.

Um grupo de sete legendas concentrou quase 70% desses sufrágios. Outros seis, medianos, reuniram 19%. O pelotão dos 19 pequenos e nanicos ficaram com só 13% da votação.

Os grandes são liderados pelo direitista PL, do presidente Jair Bolsonaro, que recebeu 17% dos votos válidos, e o esquerdista PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou com 13%.

Completam a lista os outros dois grandes partidos do centrão, PP (8%) e Republicanos (7%), e três legendas de centro e de direita que hoje não têm alinhamento direto com Bolsonaro -União Brasil (10%), PSD (8%) e MDB (7%).

A votação à Câmara, de eleitos e não eleitos, também determina a fatia que cada partido terá do Fundo Partidário, principal fonte de financiamento das legendas e que gira em torno de R$ 1 bilhão ao ano.

O PL de Bolsonaro ganhou 23 deputados e somou 99, tornando-se a maior bancada eleita na Câmara nos últimos 24 anos, desde que o antigo PFL -que daria origem ao Democratas, hoje parte da União Brasil- fez 106 parlamentares na reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1998.

O PT de Lula, que liderou o primeiro turno presidencial, também elevou sua bancada, de 56 para 68.
Apesar da subida do PL puxada pelo bolsonarismo, o centrão ficou com praticamente o mesmo tamanho devido às quedas do PP de Arthur Lira (AL), do Republicanos de Marcos Pereira, do PTB de Roberto Jefferson (RJ) e do PSC de Pastor Everaldo (RJ), que juntos perderam 18 cadeiras.

Em relação a 2018, o PL também teve o maior crescimento proporcional de votos em seus candidatos a deputado, o que é explicado, outra vez, pela migração do bolsonarismo para a sigla de Valdemar Costa Neto. Há quatro anos, o campeão nacional de votos foi o PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu.
Meses depois, o presidente rompeu com o partido (o PSL se fundiu ao DEM e hoje se chama União Brasil).

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