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Política & Poder

Serra se manifesta sobre operação que investiga caixa dois

Senador considerou a ação policial desta terça-feira (21) como “abusiva” e disse que a operação é “baseada em fatos antigos”

Redação Jornal de Brasília

21/07/2020 11h02

São Paulo – O ministro de Relações Exteriores, José Serra, apresenta os planos da pasta de comércio exterior do novo governo para empresários, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) (Rovena Rosa/Agência Brasil)

O senador José Serra (PSDB-SP) se manifestou sobre a operação da Polícia Federal que investiga um esquema de caixa dois na campanha de disputa pelo Senado em 2014.

Para Serra, a ação policial desta terça-feira (21) foi “abusiva”, e a operação é “baseada em fatos antigos”. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador.

“Esta manhã, com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal. A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa”, informou Serra, em nota.

Júnior preso

Segundo as investigações, há indícios de que Serra recebeu cerca de R$ 5 milhões em doações eleitorais não contabilizadas.  Estes valores teriam sido repassados por José Seripieri Júnior, acionista controlador do grupo Qualicorp, especializado na venda de planos de saúde.

Júnior, como é conhecido, foi preso nesta terça (21), após pessoas que teriam sido contratadas em 2014 para estruturar os pagamentos colaboraram espontaneamente com as investigações da Justiça Eleitoral de São Paulo.

A PF apontou ainda que a investigação identificou outros pagamentos, ‘em quantias também elevadas e efetuados por grandes empresas, uma delas do setor de nutrição e outra do ramo da construção civil, todos destinados a uma das empresas supostamente utilizadas pelo então candidato para a ocultação do recebimento das doações’. “Tais fatos ocorreram também perto das eleições de 2014 e serão objeto de aprofundamento na fase ostensiva das investigações”, afirmou a corporação.

R$ 5 milhões bloqueados

Além das buscas, a Justiça determinou o bloqueio de bens de Serra e da filha dele, Verônica Allende Serra. Este bloqueio, no entanto, é referente a outro caso: segundo denúncia da Lava Jato, em 2006 e 2007, Serra “valeu-se de seu cargo e de sua influe?ncia poli?tica para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca de benefi?cios relacionados a?s obras do Rodoanel Sul”.

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