As respostas do presidente da empresa FIB Bank, Roberto Ramos Júnior, têm confundido senadores na CPI da Pandemia durante sessão nesta quarta-feira (25). Os parlamentares duvidam das falas do empresário.
Mesmo amparado por um habeas corpus que lhe permite ficar calado diante de perguntas que possam lhe incriminar, Roberto Ramos Júnior tem respondido as questões. Contudo, ele tem dito não ter conhecimento de pontos importantes e negado conhecer pessoas que comprovadamente são relacionadas à FIB Bank.
Logo no início da oitiva, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) perguntou qual o salário de Roberto. Ele se negou a dizer, mas os senadores possuem a informação de R$ 4 mil mensais. O presidente Omar Aziz (PSD-AM) perguntou qual o valor do apartamento dele. Ele respondeu que o imóvel está avaliado entre R$ 400 mil e R$ 500 mil, e Aziz citou que, com R$ 4 mil por mês, seria impossível comprar uma casa de meio milhão de reais. Roberto se calou.
Depois, entre informações imprecisas em comparação aos próprios relatórios que entregou à CPI, Roberto Júnior disse, por exemplo, que não conhece o presidente da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. No entanto, Maximiano e a FIB Bank possuem contrato. A FIB ofereceu carta de garantia à Precisa para que a farmacêutica pudesse vender doses da vacina Covaxin ao Ministério da Saúde.
Roberto também disse que quem fechou este contrato foi um diretor comercial da FIB e que não possui conhecimento do acordo, mesmo sendo presidente do órgão.
As falas confusas levaram a CPI a pedir o depoimento de um dos sócios da FIB Bank, identificado como “Geraldão”. O relator Renan Calheiros chegou a sugerir a prisão de Roberto, mas Omar Aziz relembrou que a decisão do STF impede este tipo de medida.
