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Política & Poder

Secretária da Mulher de Tarcísio apresentou projetos contra máscaras e discussão sobre sexo em escolas

A vereadora paulistana Sonaira Fernandes (Republicanos) dedicou seu mandato à defesa de causas do agrado da base conservadora e evangélica

FolhaPress

24/12/2022 9h10

Foto: Divulgação

FÁBIO ZANINI
SÃO PAULO, SP

Nomeada secretária da Mulher do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), a vereadora paulistana Sonaira Fernandes (Republicanos) dedicou seu mandato à defesa de causas do agrado da base conservadora e evangélica. Sua atuação gerou comparações com a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF).

Entre os projetos que Fernandes apresentou estão a proibição de cotas raciais em instituições públicas e privadas na cidade de São Paulo e o veto a uso de conteúdo “pornográfico, erótico ou sensual” nas escolas municipais, com previsão de pena de 4 a 8 anos de prisão para professores e diretores que adotarem essa prática.

Ela também propôs projeto para que o sexo biológico seja o único critério para participação de atletas em competições no município, excluindo, assim transgêneros de disputas esportivas.

A vereadora teve ainda atitude refratária às medidas adotadas pela cidade de São Paulo para o combate à Covid-19.

Ela apresentou projetos contra a obrigatoriedade do uso de máscaras e o passaporte sanitário, além de propor a exigência de que vacinas em menores de 18 anos fossem dadas apenas com autorização dos pais. Os médicos deveriam “alertar para os efeitos colaterais” ao aplicar os imunizantes.

Outros projetos dela incluem proibir a criação de banheiros unissex na cidade, o uso da linguagem neutra e o ensino sobre “ideologia de gênero” e orientação sexual nas escolas. Nenhum deles foi aprovado.

Em nota ao Painel, a vereadora diz que terá atitude diferente como secretária. “No governo estadual, nosso trabalho assume uma dimensão extremamente diferente. Vamos trabalhar, inclusive, para os paulistas que não votaram em nós. A pauta de trabalho refletirá os interesses do povo paulista como um todo. E, nesse sentido, estaremos abertos ao diálogo respeitoso com todos os segmentos que nos procurarem”, afirma.

Ela diz ainda que seu foco no cargo será no atendimento de mulheres vítimas de violência. “O escopo do trabalho será bastante diversificado. A saúde da mulher será uma das prioridades, assim como o apoio às mulheres empreendedoras. Vamos trabalhar, por exemplo, desde as demandas das mulheres que sofrem de endometriose até as questões que afetam as mulheres que estão na periferia buscando gerir seus pequenos negócios”, declara.

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