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Política & Poder

Recibo de recompra de Rolex tem nome de advogado de Bolsonaro

Wassef divulgou uma nota afirmando estar sendo julgado injustamente e garante que não participou de nenhuma operação neste sentido

Redação Jornal de Brasília

14/08/2023 11h41

Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) teve acesso ao recibo de recompra de um relógio Rolex, vendido nos Estados Unidos, e que seria do acervo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a corporação, o nome do advogado ex-mandatário, Frederick Wassef, aparece no documento. Bolsonaro teria ganhado o item em uma viagem oficial durante seu governo e vendido ilegalmente no exterior.

Ainda de acordo com a PF, o recibo é uma “prova contundente” contra o advogado. Mesmo assim, após a divulgação do documento, Wassef divulgou uma nota afirmando estar sendo julgado injustamente e garante que não participou de nenhuma operação neste sentido.

“Como advogado de Jair Messias Bolsonaro, venho informar que, mais uma vez, estou sofrendo uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos, além de informações contraditórias e fora de contexto. Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isso é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação”, afirmou o advogado.

Assim, segundo o G1, a PF irá chamar o advogado para depor e investigar quem forneceu o dinheiro para que ele recomprasse o relógio.

De acordo com as investigações, o item foi vendido, porém, em março, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que ele fosse devolvido à União, já que ele não era um “bem de natureza personalíssima”.

Oficialmente, a equipe do ex-presidente afirmava que o Rolex estava no Brasil, mas, na verdade, eles apenas ganhavam tempo para encontrar e recomprar o relógio.

“A primeira vez que tomei conhecimento da existência das joias foi no início deste ano de 2023 pela imprensa. Quando liguei para Jair Bolsonaro, ele me autorizou, como seu advogado, a dar entrevistas e fazer uma nota à imprensa. Antes disso, jamais soube da existência de joias ou quaisquer outros presentes recebidos. Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”, continuou Wassef em nota.

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