PP recua de assinar CPI da Petrobras e valoriza o passe
O governo precisa do apoio de 171 deputados para que a comissão de inquérito possa ser criada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira

Entendendo que sua bancada seria necessária para que o governo coletasse o número necessário de assinaturas para instalar a CPI da Petrobras, o PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira, decidiu recuar do apoio à instalação do colegiado nesta terça-feira (21). Com isso, a legenda força o Palácio do Planalto a negociar com o partido de forma separada.
Com 122 assinaturas coletadas até às 22:07 de ontem (último horário em que o Jornal de Brasília entrou em contato com a assessoria do líder do PL na Câmara, deputado Altineu Cortês), o apoio da bancada de um dos principais partidos do Centrão passou a valer mais do que o usual. O governo precisa do apoio de 171 deputados para que a comissão possa ser criada.
Dessa forma, o PP conseguirá negociar uma fatia diferente de outras legendas na Casa legislativa e inicia um possível colegiado com uma forma maior, além de ter a condução do presidente da Câmara.
Assim, a sigla partidária aguarda ser procurado pelos articuladores do Palácio para garantir a instalação da CPI.
A reunião do PP, que, momentaneamente, decidiu não assinar a criação da CPI, ocorreu na tarde de ontem sob o comando do deputado André Fufuca (MA), líder do PP na Câmara.
Contexto
A ideia para a criação de uma CPI para investigar a condução e atos passados da Petrobras veio do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ocorreu logo após a estatal anunciar um novo aumento no preço dos combustíveis.
“Nossa ideia é propor uma CPI para investigar a Petrobras, seus diretores e os membros do Conselho. Queremos saber se tem algo errado nessa conduta deles, porque não é possível conceder um reajuste com o combustível lá em cima e com os lucros exorbitantes”, disse o presidente na ocasião.
A discussão em torno da criação ou não do colegiado defendido pelo Planalto acabou distanciando o noticiário brasileiro dos assassinatos que ocorreram na Amazônia, do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
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