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Política & Poder

PF vê abuso de poder de Google e Telegram contra projeto de lei

Procurado, o Google disse que não vai comentar as conclusões da PF. O Telegram não havia se manifestado até a publicação deste texto

Redação Jornal de Brasília

31/01/2024 21h42

São Paulo, 31 – A Polícia Federal concluiu que Google e Telegram se valeram de “estratégias impactantes e questionáveis” para tentar barrar o Projeto de Lei (PL) das Fake News. Na avaliação da corporação, as empresas podem ter incorrido em abuso de poder econômico e publicidade enganosa.

Procurado, o Google disse que não vai comentar as conclusões da PF. O Telegram não havia se manifestado até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestações.

O relatório foi enviado ontem ao Supremo Tribunal Federal no inquérito sobre as campanhas das plataformas contra o projeto. A investigação foi aberta em junho de 2023 a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O relator é o ministro Alexandre de Moraes. Para a Polícia Federal, as big techs usaram suas “posições privilegiadas” no mercado para incentivar ataques e espalhar notícias falsas sobre o texto para proteger interesses econômicos.

“A distorção do debate sobre a regulação, a tentativa de influenciar os usuários a coagirem os parlamentares e a sobrecarga nos serviços de TI da Câmara dos Deputados evidenciam o impacto negativo dessas práticas nas atividades legislativas”, diz um trecho do documento.

O Telegram disparou, para milhões de usuários, um manifesto contra o projeto de lei. A mensagem chamava a proposta de “desnecessária” e dizia que ela “concede poderes de censura ao governo”. Já o Google exibiu em sua página inicial uma mensagem de alerta contra o PL. Os usuários que clicavam no link eram direcionados para um artigo do diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, que acusava o texto de “aumentar a confusão entre o que é verdade e mentira no Brasil”.

Estadão Conteúdo

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