O ministro da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos, entrou com pedido para que o deputado Luís Miranda (DEM-DF) seja investigado. Inicialmente, o pedido foi encaminhado ao ministro da Justiça, Anderson Torres. Posteriormente, a Polícia Federal enviou o documento ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar foi ouvido na CPI da Covid, que investiga a gestão do Governo Federal durante a pandemia. Ao colegiado, Miranda denunciou a existência de um esquema de corrupção para recebimento de propina na compra de doses da vacina indiana Covaxin.
Torres e Ramos acusam Miranda de imputar falsamente ao presidente Jair Bolsonaro o crime de prevaricação. Na CPI, Miranda disse que o irmão, Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, revelou para ele provas das fraudes envolvendo o Governo Federal. Segundo o deputado, Bolsonaro sabia do crime, mas optou por não denunciar o desvio de verba.
Desde a denúncia, Bolsonaro não se pronunciou, nem levou o caso à Polícia Federal. O presidente disse apenas que levou o caso ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que não tem competência para averiguar a existência de fraude. Caso o Supremo autorize as investigação e alguma ilegalidade seja comprovada, poderá ser aberto um inquérito, em processo criminal, contra o parlamentar.
Após o deputado revelar a suposta compra superfaturada de doses de vacinas da Covaxin, Bolsonaro passou a ser alvo de um inquérito, para investigar se houve prevaricação por parte do chefe do executivo.
