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Política & Poder

PF cumpre mandado em Brasília contra grupo que pedia intervenção militar

Um dos alvos da operação é um ex-funcionário do Ministério dos Direitos Humanos e integrante do grupo extremista 300 do Brasil

Willian Matos

27/11/2020 10h32

A Polícia Federal realiza, nesta sexta-feira (27), uma operação contra um grupo suspeito de usar as redes sociais para pedir intervenção militar e a demissão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A prática configura alteração da ordem política ou social e é ilegal.

São cumpridos mandados de busca e apreensão em Brasília-DF, Uberlândia-MG e Taboão da Serra-SP. Um dos alvos é Renan Silva Sena, ex-funcionário do Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos e coordenador do grupo extremista 300 do Brasil. Renan já ameaçou e xingou o governador Ibaneis Rocha e agrediu duas mulheres que passavam de carro durante um ato bolsonarista na Praça dos Três Poderes, em junho deste ano. Um mês antes, o acusado também chegou a cuspir em enfermeiras que pediam valorização de funcionários da Saúde no feriado no dia 1º de maio, no mesmo local.

Renan Silva Sena, 57 anos. Foto: Reprodução

A operação da PF, batizada de Estabilidade, teve início após a publicação de vídeo realizado na frente do prédio do STF por dois dos investigados. Nas imagens, os suspeitos pediam intervenção militar e afastamento e prisão de nove ministros do STF. Agentes investigaram o caso e descobriram diversos outros atos do tipo. O grupo chegava a arrecadar fundos para manter o movimento contra a democracia.

O processo tramita na 15ª Vara Federal do DF, e os envolvidos podem responder pelos crimes previstos nos artigos 22, I e IV, §2º, “a”, e 23, II, da Lei 7.170/1983 (Lei de Segurança Nacional).

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