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Política & Poder

Omar não descarta convocar Guedes e Campos Neto para falar de offshores

Ministro e presidente do BC possuem empresas em paraísos fiscais, aponta investigação jornalística. “É uma coisa que, mesmo que não haja nada de errado, não é bom para o cargo”, opinou Omar Aziz

Redação Jornal de Brasília

04/10/2021 7h23

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), não descarta convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para falarem sobre suas empresas registradas em paraísos fiscais (chamadas de offshores). O caso veio à tona neste fim de semana.

Aziz lembra que a convocação dos dois já havia sido discutida, mas ele não concordava com a ideia por temer um desequilíbrio na economia brasileira. Agora, contudo, o cenário pode mudar. “Não deixei convocá-los para não mexer com a economia. Agora, se vier um pedido, teria que ver”, afirmou o senador ao site Poder360. “Tínhamos marcado para concluir a CPI nesta semana, mas tudo é possível”, prosseguiu.

Registrar uma empresa em um país onde há menor tributação não é ilegal. Porém, para Omar Aziz, “não é bom para o cargo”. “É uma coisa que, mesmo que não haja nada de errado, não é bom para o cargo. Como quem opera a valorização de desvalorização do dólar, mantém uma fortuna na moeda?! Fica difícil defender”, cravou o presidente da CPI. “Olha a evolução. Quando entraram, o dólar estava a R$ 3,70. Agora, acima de R$ 5,30. Só com isso, olha quantos milhões eles ganharam”, completou.

Mais sobre o caso

Mais de uma dúzia de chefes de Estado e de Governo, além de empresários e celebridades, usaram paraísos fiscais para ocultar ativos de centenas de milhões de dólares, de acordo com uma nova investigação jornalística internacional divulgada neste domingo, 3.

A investigação, apelidada de “Pandora Papers”, envolveu cerca de 600 jornalistas e se baseia no vazamento de cerca de 11,9 milhões de documentos de 14 empresas de serviços financeiros em todo o mundo.

A investigação envolve nomes tão diversos quanto o Rei Abdullah II, da Jordânia, o premiê checo Andrej Babis, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, a pop star colombiana Shakira, membros da elite chinesa e figuras da família real da Arábia Saudita.

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