Menu
Política & Poder

Novo teto de gastos precisa preservar investimentos, diz Renan Filho

O ministro do Transporte, Renan Filho, disse nesta segunda-feira (27) que as novas regras fiscais que irão substituir o teto de gastos

FolhaPress

27/03/2023 17h16

Foto: Reprodução

Douglas Gavras

São Paulo, SP

O ministro do Transporte, Renan Filho, disse nesta segunda-feira (27) que as novas regras fiscais que irão substituir o teto de gastos e devem ser apresentadas nos próximos dias pelo governo Lula precisam garantir investimento com sustentabilidade fiscal.


Em um evento em São Paulo, o ministro criticou o teto de gastos e disse que a busca pelo equilíbrio fiscal levou o governo federal a um patamar de investimento semelhante ao do Uruguai.


“O teto de gastos se transformou em um teto de investimento. O país precisava de uma âncora mais forte, mas se transformou ao longo dos últimos anos no país relevante que menos investiu no mundo.”


O ministro afirmou que em 2014 o Brasil chegou ao ápice de investimento ao se somar público e privado. “De 2003 até 2014, o Brasil ampliou investimento. De 2015 para cá, o investimento foi errático e nunca se recuperou.”


Renan Filho também afirmou que a pasta trabalha na formulação do “Plano 100”, para apresentar nos cem dias de governo, que terá diferentes eixos, como revitalização de obras rodoviárias e ferroviárias, plano de escoamento de safra de grãos, de pronto-atendimento para as regiões afetadas por chuvas e de atração de investimentos privados.


O ministro também citou que há R$ 16 bilhões de depreciação do patrimônio de infraestrutura só em 2022, mas que o governo pretende compensar a falta de investimentos nos últimos anos.


“Vamos ter R$ 22 bilhões em investimentos em transportes neste ano, mais do que nos últimos quatro anos e quatro vezes mais do que no ano passado. Não foi falta de vontade de investir, mas havia uma imposição [do teto de gastos].”


Segundo ele, o governo também tem a meta de reverter a trajetória da piora da malha ferroviária e retomar obras inacabadas, principalmente ligadas aos ministérios das áreas sociais (creches, hospitais e escolas).


“O novo arcabouço é o momento de garantir novos investimentos para o país. Não é uma escolha de Sofia, em que é preciso escolher entre investimento sem sustentabilidade fiscal ou a sustentabilidade sem investimento. As pessoas não agem assim em suas casas e as empresas também não. O governo também não pode pensar assim.”

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado