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Política & Poder

Nomes do PDT e do PCdoB não fazem campanha para Rollemberg

Arquivo Geral

25/08/2018 17h30

Atualizada 26/08/2018 15h56

Cláudio Abrantes (PDT) posa ao lado de Ibaneis Rocha (MDB) e Celina Leão (PP)./ Divulgação

Francisco Dutra
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Em campanha com o inimigo. Filiados do PDT e do PCdoB ignoram aliança regional com o PSB e disparam manifestações de apoio para rivais da reeleição do governador Rodrigo Rollemberg. Sem ter o nome nas urnas, mas com forte influência na Polícia Militar, o Coronel Leão (PCdoB) defende a candidatura de Alberto Fraga (DEM). No lançamento da campanha por mais 4 anos na Câmara Legislativa, o deputado distrital Cláudio Abrantes (PDT) recebeu com sorrisos o candidato ao Palácio do Buriti Ibaneis Rocha (MDB).

“Venho a publico declarar meu apoio ao coronel Alberto Fraga. O coronel Fraga hoje demonstra-se ser o melhor candidato ao Governo do Distrito Federal, por duas razões muito claras, no que diz respeito a minha categoria. Primeiro, a segurança será muito melhor para a cidade. Segundo, para todo corpo administrativo de funcionários do DF será muito melhor. Pois tem muito mais pé no chão. Conhece muito bem a máquina administrativa e por ter sido parlamentar por vários anos”, afirma Coronel Leão, em vídeo pelas redes sociais.

O movimento bate de frente com a direção do PCdoB no jogo eleitoral. “Eu não apoio Rollemberg. Aí o que PCdoB quer fazer é com eles”, resume Leão. Nas planícies do PDT, Cláudio Abrantes sempre deixou claro o descontentamento na aliança do partido com o governador. Na noite de sexta-feira (24), o parlamentar lançou a candidatura para a reeleição com a participação de personagens antagônicos ao projeto de reeleição do governador, como Ibaneis e a deputada distrital Celina Leão (PP), pretendente a um cargo na Câmara dos Deputados.

Outros nomes do PDT também adotam posturas divergentes. O ex-candidato ao GDF Peniel Pacheco não pretende fazer campanha contra ou a favor de Rollemberg. Além disso, não vai apoiar os candidatos ao Senado da coligação, mas sim o concorrente ao posto, deputado distrital Wasny de Roure (PT). Segundo Pacheco, a decisão nasceu do bom relacionamento histórico de amizade com Wasny. Ambos trabalharam juntos por duas legislaturas e nutrem fortes ligações com o segmento evangélico.

“A relação histórica do PDT com Rollemberg sempre foi de difícil compreensão. Nunca teve coerência. Isso não mudou. A coligação foi muito mais para atender uma questão nacional por Ciro Gomes (PDT) para a Presidência da República. É até compreensível. Mas não mudou nada. Rollemberg continua a manter o mesmo padrão de distanciamento. Não é porque ele apoia o Ciro que, por mágica, tudo vai mudar. Essa mágica não acontece. A falta de coerência cobra uma conta cara na politica. O preço de um erro por coerência pode até ser alto. Mas o preço que a incoerência cobra é algo incompreensível”, comenta Pacheco.

Além de Pacheco, o deputado distrital Reginaldo Veras e o presidente da Câmara Legislativa Joe Valle também fazem movimentos para apoiar Wasny. Em conversas reservadas, nomes do PCdoB e do PDT comentam que nas bases, a militância tem dificuldades de buscar votos para a chapa do PSB. Além disso, muitos correligionários não escondem o descontentamento com a aliança.

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