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Política & Poder

No Amazonas, Lula conversa com indígenas, que pedem ajuda contra grileiros

Lula recebeu carta do movimento “Salve o INPA”, formado por pesquisadores, técnicos, estudantes e bolsistas

Redação Jornal de Brasília

31/08/2022 18h02

Em área preservada da floresta amazônica nas cercanias de Manaus, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta quarta-feira, 31, de roda de conversa com indígenas e lideranças locais ligadas à preservação do meio ambiente. Entre os discursos, marcados por lembranças a Chico Mendes e críticas ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), representantes dos povos originários pediram ajuda contra a ação de grileiros.

“No meu Estado, tem território indígena invadido por madeiros, por grileiros. Estão destruindo a nossa terra. Muitas vezes a gente se sente à mercê. O órgão que deveria estar protegendo a gente está nos abandonando, como a Funai. A gente não aguenta mais isso”, afirmou, emocionada, Marciely Tupari, representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).

Lula recebeu carta do movimento “Salve o INPA”, formado por pesquisadores, técnicos, estudantes e bolsistas. O texto acusa o atual governo de contingenciar o orçamento do órgão. “É preciso entender que a gestão e governança da Amazônia só será possível ouvindo e dialogando com suas muitas nações indígenas. Essa guerra precisa acabar”, afirma a carta.

O candidato à Presidência cumpre agendas em Manaus acompanhado pela esposa, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja; pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Omar Aziz (PSD-AM), candidato à reeleição com apoio do PT, e Eduardo Braga (MDB-AM), postulante ao governo estadual.

Marina Silva

Lula afirmou que “não tem problema nenhum” de conversar com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede). “Gosto da Marina, minha companheira há 40 anos. Não perdi respeito, admiração pela Marina”, disse o petista entre árvores centenárias durante visita à floresta amazônica.

A declaração ocorre em meio à expectativa de um encontro entre Lula e Marina, liderança na pauta ambiental reconhecida internacionalmente.

Marina foi ministra de Lula, mas deixou o governo por divergências sobre as tensões entre desenvolvimento e preservação ambiental.

Em 2014, foi derrotada na corrida à Presidência pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e se afastou de vez do PT por acusá-lo de fake news contra sua candidatura durante a campanha da época. Neste ano, foi convidada por Fernando Haddad (PT) para ser vice na candidatura ao governo de São Paulo, mas declinou para ser candidata a deputada federal.

Estadão Conteúdo

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