Na Fiesp, Lula defende fortalecer sindicatos e ouve pedidos de reindustrialização
O petista também defendeu o fortalecimento de sindicatos e de mecanismos de negociação coletiva em futura revisão da reforma trabalhista

Guilherme Seto
São Paulo, SP
Em reunião com empresários na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta terça-feira (5), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou que o setor se alinhe à sua candidatura, que chamou de democrática, em contraposição à de Jair Bolsonaro (PL), autoritária.
O petista também defendeu o fortalecimento de sindicatos e de mecanismos de negociação coletiva em futura revisão da reforma trabalhista em um eventual novo mandato petista.
A pré-campanha de Lula tem defendido a ideia de uma mesa de negociação tripartite entre sindicatos, empresários e governo para revisar pontos considerados negativos na reforma trabalhista. Ponto considerado dos mais polêmicos, o retorno do imposto sindical não é cogitado.
Lula disse no encontro que sua passagem de oito anos pela Presidência o credencia a fazer um novo governo com credibilidade, previsibilidade, transparência e responsabilidade fiscal.
Josué Gomes, presidente da Fiesp, falou no encontro sobre a necessidade de reindustrialização do Brasil e apontou caminhos como a redução de custos de financiamento, a ampliação de linhas de crédito e o fortalecimento de bancos públicos, especificamente o BNDES.
Ele apresentou levantamento segundo o qual a indústria responde por 11% do PIB e arca com 28% da carga tributária.
A empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, defendeu o fortalecimento do poder de compra da população mais pobre por meio do fortalecimento de programas de transferência de renda, o que ajudaria a aquecer internamente a economia.
Jacyr Costa, do grupo Tereos, ligado ao setor agrícola, disse que o Brasil precisa diminuir sua dependência de outros países em relação a insumos e fertilizantes por meio do estímulo da produção nacional.
Também foram chamados para a reunião outros representantes de destaque da elite empresarial
brasileira, como Luiz Carlos Trabuco Cappi (Bradesco), Carlos Alberto Sicupira (3G Capital) e João Moreira Salles (Itaú Unibanco).
Articuladores do encontro por parte da coordenação de campanha de Lula avaliaram a conversa como positiva, com a possibilidade de que se repita em outros formatos. Foi aventada a possibilidade de organização de ciclos de debate sobre os temas discutidos.
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