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Política & Poder

MP-RJ investiga Petrobras por suspeita de improbidade em reajuste de combustíveis

A investigação civil foi instaurada em novembro do ano passado na Procuradoria da República do Rio, mas foi remetida ao órgão estadual no dia 15 deste mês

Redação Jornal de Brasília

23/06/2022 22h27

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) abriu inquérito para apurar indícios de improbidade administrativa da direção da Petrobras nos recentes reajustes de preços dos combustíveis. A investigação civil foi instaurada em novembro do ano passado na Procuradoria da República do Rio, mas foi remetida ao órgão estadual no dia 15 deste mês. A estatal foi procurada, mas não se manifestou.

A investigação integra uma série de ações de órgãos distintos com o objetivo de apertar o cerco contra a estatal. Na semana passada, a Petrobras reajustou o valor da gasolina e do diesel em, respectivamente, 5,2% e 14,2%, o que gerou reação imediata em setores da política. O presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, passou defender publicamente a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a empresa para apurar supostas irregularidades na formulação da política de preços dos combustíveis.

Outra frente de investigação da Petrobras é comandada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que possui ao menos onze processos envolvendo direta ou indiretamente a empresa. Parte das apurações mira os reajustes praticados pela estatal. A última revisão de preços dos combustíveis elevou em 20 centavos a gasolina vendida nas refinarias, que passou a custar R$ 4,06 o litro. Já o diesel, que agora custa R$ 5,61 o litro, teve um aumento de 70 centavos.

O mais recente reajuste levou à renúncia do então presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, que vinha sendo pressionado por Bolsonaro. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), passou a endossar as críticas à estatal e se tornou um dos defensores da instalação da CPI.

O autor do requerimento, Altineu Cortês (PL-RJ), acusa a Petrobras de fazer uma “reserva de lucro” irregular e acima dos parâmetros técnicos previamente definidos. O documento diz que a petroleira estaria destinando seus lucros, “apressadamente, para pagamentos de proventos em percentuais muito acima do mínimo legal, ao invés de ser utilizada em investimentos ou outras finalidades mais alinhadas com o interesse público”.

A empresa afirmou que a reserva de lucros foi constituída ao longo dos anos, em conformidade com a Lei das Sociedades por Ação e o estatuto social da companhia.

Estadão Conteúdo

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