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Política & Poder

Mourão, sobre pandemia: “Nosso povo não é dos mais disciplinados”

Vice-presidente fez uma analogia a uma partida de futebol. “Aqui, para bater uma falta, o cara leva cinco minutos. O mesmo cara quando vai para Europa muda a feição e a maneira de jogar e se comportar”

Redação Jornal de Brasília

22/03/2021 10h51

Foto: Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) falou nesta segunda-feira (22) sobre pandemia e isolamento social. Segundo Mourão, o Brasil não vive uma onda negacionista. Para o vice-presidente, o problema é a população.

“O problema nosso é aquela história, a população cansa. Nosso povo não é dos mais disciplinados”, disse Mourão. O vice-presidente fez uma comparação com o futebol. “Basta olhar um jogo de futebol nosso e olha um jogo de futebol na Europa. Aqui, para bater uma falta, o cara leva cinco minutos. O mesmo cara quando vai para Europa muda a feição e a maneira de jogar e se comportar.”

"Da nossa natureza, é difícil isso aí. Te digo isso porque eu fui 46 anos profissional do exército, uma instituição que a disciplina é fundamental e a gente sabe que não é fácil manter a disciplina"

Hamilton Mourão, vice-presidente da República

Mourão foi perguntado sobre a aglomeração de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ontem no Palácio da Alvorada. Manifestantes foram à Esplanada dos Ministérios para comemorar o aniversário do presidente.

“Eu vi as imagens, mas não tenho nada a comentar a esse respeito. São os apoiadores do presidente, parcela da sociedade tem admiração por ele e puderam expressar isso”, disse o vice.

“Estão esticando a corda”

Ainda sobre a aglomeração em frente ao Alvorada, Bolsonaro falou com apoiadores e pediu a eles que contem com as Forças Armadas “pela democracia e pela liberdade”. “Estão esticando a corda. Faço qualquer coisa pelo meu povo. Esse qualquer coisa é o que está na nossa Constituição, nossa democracia e nosso direito de ir e vir.”

Bolsonaro se posicionou novamente contra o isolamento social, medida de prevenção à covid-19. “O trabalho dignifica o homem e a mulher. Ninguém quer viver de favor do Estado. Quem vive de favor do estado abre mão da sua liberdade”, disse, enquanto a aglomeração gritava “queremos trabalhar”.

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