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Política & Poder

Mourão sobre mortos no Jacarezinho: ‘Tudo bandido’

Para o vice-presidente, esse problema ter que ser resolvido logo e com o apoio das forças armadas

Redação Jornal de Brasília

07/05/2021 10h24

Foto: Agência Brasil

“Tudo bandido!”. Foi o que disse o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), na quinta-feira (6), sobre os 25 mortos na comunidade do Jacarezinho (RJ), após uma operação policial.

“Essas quadrilhas do narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sob determinadas áreas e é um problema da cidade do Rio de Janeiro”, afirmou Mourão.

Para o vice-presidente, esse problema ter que ser resolvido logo e com o apoio das forças armadas. “É um problema sério da cidade do Rio de Janeiro que vamos ter que resolver um dia ou outro”, afirmou.

Relatório da operação em casa de suspeitos

Na quinta-feira (5), a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que apreendeu um relatório com detalhes da ação policial que vitimou 25 pessoas no morro do Jacarezinho, dentre elas um policial civil. O documento, timbrado com a marca do Ministério Público, foi localizado no interior da residência onde cinco suspeitos foram baleados. De acordo com as investigações, a casa funcionava como boca de fumo e esconderijo para os chefes do tráfico da comunidade.

De acordo com a polícia, um possível vazamento de informações pode ter preparado os bandidos para a ação da polícia. A ação no Jacarezinho terminou com 25 mortos e, segundo o ex-secretário nacional de Segurança Pública, PM José Vicente da Silva Filho, o planejamento da missão não levou em consideração uma possível reação dos traficantes. Vale ressaltar ainda, que dois disparos atingiram o metrô do Rio de Janeiro e dois passageiros ficaram feridos.

Com o suposto vazamento das informações da operação, parte da ação perdeu o chamado elemento surpresa que proporcionou à bandidagem se antecipar à ação policial.

MP investiga abuso policial

Por meio de uma nota, o Ministério Público informou que vai apurar os relatos de abuso policial na operação desta quinta-feira (6). O órgão classificou a ação como “extrema e reconhecida gravidade” e que as investigações serão conduzidas com autonomia.

“Cabe ressaltar que, logo pela manhã, a atuação da Coordenação de Segurança Pública, do Grupo Temático Temporário e da Promotoria de Investigação Penal teve início a partir do conhecimento dos fatos pela divulgação na imprensa e redes sociais”, afirmou o MP

O MP disse ainda que vai apurar a real necessidade da operação no Jacarezinho.“A Polícia Civil apontou a extrema violência imposta pela organização criminosa como elemento ensejador da urgência e excepcionalidade para realização da operação, elencando a ‘prática reiterada do tráfico de drogas, inclusive com a prática de homicídios, com constantes violação aos direitos fundamentais de crianças e adolescentes e demais moradores que residem nessas comunidades’ como justificativas para a sua necessidade”, apontou o comunicado.

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