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Política & Poder

Mourão diz que número de mortes pela covid ultrapassou “limite do bom senso”

Vice-presidente disse que agora o foco tem de ser o trabalho para frear os casos e mortes por covid-19 no país

Redação Jornal de Brasília

25/03/2021 12h58

O vice-presidente Hamilton Mourão falou nesta quinta-feira (25) sobre o combate à covid-19 no Brasil. Para Mourão, o número de mortes “já ultrapassou o limite do bom senso”.

Mourão disse que, agora que o novo ministro da Saúde foi empossado, é hora de frear número de casos e mortes pela doença. “Tem um novo ministro da Saúde assumiu o comando ontem e conversou com vocês [imprensa]. Agora vamos enfrentar o que está aí e tentar de todas as formas diminuir a quantidade de gente contaminada e, obviamente, o número de óbitos, que já ultrapassou o limite do bom senso.”

Na quarta (24), houve uma reunião no Palácio do Planalto com o Executivo, governadores, ministros e presidentes de poderes. Mourão, que também participou da reunião, disse que duas decisões foram tomadas no Alvorada.

“Uma na área internacional, de aumentar nossa inserção, nosso trabalho junto aos países que produzem insumos e vacinas para tentar acelerar a chegada não só dos insumos como das próprias vacinas no Brasil”, disse. “A outra decisão na área político estratégica é a criação desse comitê que sinaliza um trabalho conjunto de todas as instituições que têm responsabilidade por debelar essa pandemia”.

Ele afirmou ainda que é preciso aumentar os dias de vacinação no Brasil. “[E] acelerar compra de insumos que estão em falta, principalmente os necessários para intubação e outros medicamentos”, disse.

Bolsonaro x Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira, deu declarações na quarta-feira (24) que foram interpretadas como ameaças ao presidente Jair Bolsonaro. Lira disse que não vai mais tolerar erros por parte do Executivo e deixou mistério no ar ao declarar que “os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais.”

“Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a serem praticados”, disse Lira. “Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais. Muitas vezes são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável. Não é esta a intenção desta Presidência. Preferimos que as atuais anomalias se curem por si mesmas”, prosseguiu o presidente da Câmara.

Hoje, Bolsonaro e Lira se reuniram. O presidente amenizou a situação e disse que entre eles há “zero problema”. “Não tem problema nenhum entre nós. Zero problema”, declarou. O presidente não detalhou o teor da reunião, dizendo apenas que ambos conversaram sobre “muitas coisas”.

Bolsonaro disse ainda que o objetivo da presidência junto à Câmara é comprar mais vacinas contra a covid-19, mas não falou sobre medidas a respeito. Mais tarde, o presidente deve se reunir com uma comissão de senadores.

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