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Política & Poder

Ministro quer investigação sobre causa de apagão feita pela PF e Abin

Silveira também afirmou que não vai apontar se foi uma empresa específica que gerou o evento, visto que a causa total do apagão ainda não foi apurada

Evellyn Luchetta

15/08/2023 18h10

Foto: Banco de imagens

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG) disse em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (15), que vai determinar uma investigação feita pela Polícia Federal (PF) e Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para elucidar os motivos do apagão ocorrido ainda nesta terça.

“Estamos oficiando o Ministério da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal apure, com detalhes, o que poderia ter ocorrido, além de diagnosticar onde ocorreu. Encaminharemos para que PF e Abin apurem eventuais dolos”, disse.

O epicentro da falta de energia, segundo o ministro, foi um ‘evento’ no Ceará, por volta de 08h30 da manhã. Entretanto, a investigação irá apurar se houve mais incidentes em outros locais.

Silveira também afirmou que não vai apontar se foi uma empresa específica que gerou o evento, visto que a causa total do apagão ainda não foi apurada.

“A OMS pediu o tempo de 48h para apontar as causas. A primeira preocupação é com o reestabelecimento do suprimento. Isso [a identificação da empresa] é importantíssimo, mas não foi a prioridade do ministério. Vamos apurar o ocorrido”, afirmou.

“Foi um fato que causou a interrupção na Região Norte e Nordeste e, por uma contingência planejada do ONS, minimizou a carga das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, para que não houvesse a interrupção total dessas regiões”, disse o ministro.

A falta de energia afetou, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), 25 estados e o Distrito Federal. Apenas o estado de Roraima não foi afetado, já que não está interligado com o Sistema Interligado Nacional (SIN)

Sabotagem?

A preocupação com uma possível sabotagem que culminou no apagão é tratada pelo ministro. De acordo com ele, a atuação investigatória para descobrir uma possível sabotagem é vista como uma precaução.

“Não há insinuação [de sabotagem], há um critério que estabeleci em consequência das gravidades do ocorrido no primeiro trimestre desse ano no setor elétrico nacional de que, ocorrências que não tenham apontamento de naturalidade serão tratados como ocorrências que devem ter a participação transversal do Ministério da Justiça e da Abin.

O apagão durou seis horas e afetou diversos serviços essenciais no país, como a paralisação de transportes públicos, suspensão de aulas e problema no trânsito.

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