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Política & Poder

Ministério da Justiça abre ação contra Hurb após relatos de calote

A multa pode chegar a R$ 13 milhões e a empresa corre risco de ter as atividades suspensas, informou o órgão

FolhaPress

24/04/2023 22h58

Foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil

PAULO RICARDO MARTINS
SÃO PAULO, SP

A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) abriu, nesta segunda-feira (24), um processo administrativo contra a Hurb (antigo Hotel Urbano) por desrespeito a consumidores após registrar uma disparada de reclamações de cancelamentos de reservas em hotéis e pousadas.

A multa pode chegar a R$ 13 milhões e a empresa corre risco de ter as atividades suspensas, informou o órgão.

Procurada pela Folha de S.Paulo, a Hurb afirma que, por questões legais, não comenta processos em andamento. A empresa diz, porém, que tudo será esclarecido perante o Ministério da Justiça, pasta à qual a Senacon está submetida.

A empresa passa por uma crise de imagem relacionada a relatos de falta de pagamento para hotéis e pousadas, que cancelam as reservas e prejudicam a viagem de milhares de pessoas.

O órgão diz que, somente no primeiro trimestre deste ano, recebeu mais de 7.000 queixas contra a companhia. O patamar já se aproxima das 12 mil reclamações registradas em todo o ano de 2022.

Também nesta segunda-feira, o CEO da companhia, João Ricardo Mendes, renunciou ao cargo depois de xingar consumidores em redes sociais. Em seu lugar, assume de forma interina Otávio Brissant, atual general council da empresa.

Em episódio recente, Mendes vazou dados pessoais e fez ameaças. “Tá arriscado alguém bater na merda da sua casa”, disse a um cliente que não teve passagens aéreas emitidas pela Hurb, segundo vídeo publicado no Instagram.

Em nota divulgada pela Senacon, o secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, disse que “tal cenário é inaceitável” e obriga o órgão “a adotar as medidas que lhe cabem por força de disposição legal”.

A empresa já havia sido notificada no ano passado para prestar esclarecimentos sobre as práticas comerciais adotadas, mas as respostas apresentadas não foram suficientes para sanar as irregularidades apontadas, de acordo com a secretaria.

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