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Política & Poder

Ministério da Cultura lança a Política Nacional Aldir Blanc

Iniciativa vai garantir o aporte de R$ 15 bilhões a estados, municípios e Distrito Federal até 2027

Redação Jornal de Brasília

24/10/2023 13h04

Ministério da Cultura

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A maior e mais estruturante política cultural da história começou a ser instituída na quinta-feira, 19, com a regulamentação da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). A partir do Decreto Nº 11.740/2023, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra Margareth Menezes, o Ministério da Cultura (MinC) irá repassar, até 2027, R$ 15 bilhões a estados, municípios e Distrito Federal. Para marcar o momento, o MinC realiza no dia 25 de outubro, às 18h, no Museu Nacional da República, em Brasília, o evento de lançamento da PNAB.

A PNAB será executada de forma descentralizada, por meio de repasses de recursos financeiros da União a estados, municípios e Distrito Federal, observados os critérios e os percentuais estabelecidos na legislação, de acordo com o cronograma de pagamentos a ser divulgado pelo MinC.

Para o recebimento dos recursos, os entes federativos e consórcios públicos intermunicipais devem cadastrar os planos de ação com informações como metas e as ações previstas na plataforma TransfereGov. As informações servirão de base para o Plano Anual de Aplicação dos Recursos (PAAR). Os valores começarão a ser repassados a partir de 2024, quando se iniciam os lançamentos de editais, prêmios e chamamentos públicos.

Os entes federados devem promover discussão e consulta à comunidade cultural e aos demais atores da sociedade civil sobre a execução dos recursos, por meio de conselhos de cultura, de fóruns direcionados às diferentes linguagens artísticas, de audiências públicas ou de reuniões técnicas com potenciais interessados em participar de chamamento público, de sessões públicas presenciais e de consultas públicas.

Dessa forma, será possível implementar um processo de gestão e promoção das políticas públicas de cultura, capaz de promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos direitos culturais, observado o respeito à diversidade, à democratização e à universalização do acesso.

O decreto prevê a aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural e a suas áreas técnicas e outros instrumentos destinados à manutenção, formação, desenvolvimento técnico e estrutural de agentes, espaços, iniciativas, cursos, oficinas, intervenções, performances e produções; desenvolvimento de atividades de economia criativa e economia solidária; produções audiovisuais; manifestações culturais e; realização de ações, projetos, programas e atividades artísticas, do patrimônio cultural e de memória.

De acordo com o texto, os entes federativos priorizarão o repasse dos recursos aos agentes culturais locais de modo a valorizar práticas, saberes, fazeres, linguagens, produção, fruição artística, patrimônio, memória, diversidade, cidadania e cultura local.

Já os agentes culturais que executem atividades de natureza itinerante, a exemplo de artistas circenses, nômades e ciganos, poderão concorrer nos editais de fomento onde exerçam atividades culturais ou estejam estabelecidos formal ou informalmente, com dispensa do comprovante de residência.

Passo importante

Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a Política Nacional Aldir Blanc vai permitir ao MinC chegar onde ainda não chegou. “E isso só é possível porque ela tem características únicas no fazer cultural. Porque para ser, de fato, estruturante, ela precisa ser abrangente, plural e voltada às necessidades atuais do setor. É isso que faz dela uma iniciativa única e efetiva, voltada para quem está na ponta”, afirma.

“O decreto é apenas o primeiro passo, o Ministério segue em diálogo com a sociedade civil para a construção de portarias e da Instrução Normativa com detalhamentos da PNAB”, completou o secretário-executivo adjunto do MinC, Cassius da Rosa.

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