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Política & Poder

Marcos Rogério quer adiantar convocação de governador do Amazonas à CPI

Governador do Amazonas é alvo de operação da Polícia Federal que investiga fraude em hospital de campanha do estado

Willian Matos

02/06/2021 10h05

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Marcos Rogério (DEM-RO) pediu, na abertura da sessão da CPI da Pandemia nesta quarta-feira (2), que o governador do Amazonas, Wilson Lima, seja chamado antecipadamente para depor à comissão. Wilson é alvo de operação da Polícia Federal nesta manhã.

Marcos Rogério pediu que Wilson seja convocado para a próxima terça (7) ou quarta-feira (8). O senador embasou o pedido citando o fato de que o depoimento da médica infectologista Luana Araújo foi antecipado para hoje pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

Marcos citou que, caso não se decida pela convocação de Wilson Lima, que sejam convocados ou o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, ou o ex-secretário executivo João Paulo Marques.

“Penso que essa situação aqui é uma situação urgente e demonstraria ao Brasil o acerto da decisão, da cautela, da diligencia, apuração dos fatos, da busca da verdade”, opinou o senador.

O governador já é esperado na CPI, mas o depoimento está previsto para o dia 29 de junho.

Operação Sangria

A PF investiga suposta fraude na contratação de um hospital de campanha no Amazonas. São cumpridos seis mandados de prisão temporária, sendo um deles contra o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo.

Além dos mandados de prisão, há 19 ordens de busca e apreensão. Duas delas serão cumpridas na casa e no gabinete do governador Wilson Lima. Também há mandados em Porto Alegre-RS.

De acordo com as investigações, funcionários da Secretaria de Saúde do Amazonas fraudaram o processo de contratação para favorecer empresários do estado. Eles teriam sido orientados pelo próprio governo local. A PF afirma que a unidade hospitalar não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia, o que coloca pacientes e servidores em risco.

Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, além de preço elevado e da não prestação dos serviços contratados. Os acordos foram firmados em janeiro deste ano junto ao governo do Amazonas.

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