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Política & Poder

Mais de 6.000 obras do PAC dependem de emendas parlamentares, diz Rui Costa

Todos os empreendimentos fazem parte do chamado PAC Seleções, que promove áreas consideradas essenciais

Redação Jornal de Brasília

30/04/2024 16h19

Foto: Agência Brasil

São Paulo, SP (UOL/Folhapress)

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que 6.372 obras do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) dependem de emendas parlamentares para serem executadas. A declaração em audiência no Senado nesta terça-feira (30).

Costa explicou que os projetos estão habilitados a serem contemplados no programa, mas não há recurso direto da União. “Nós os colocamos na categoria de habilitados para que os senadores e os deputados, através de emendas de bancada, emendas de comissão, emendas de relator, emendas individuais, enfim, possam abraçar essas propostas. E nós daremos o tratamento como se do PAC ela fosse, dando a total prioridade”, afirmou.

A declaração do ministro da Casa Civil ocorre em meio à crise do Executivo com o Senado por conta da desoneração. Nesta terça (30), o Senado adiou mais uma vez a votação do projeto de lei que recria o seguro para vítimas de acidente de trânsito, o DPVAT, e que pode permitir que o governo antecipe um crédito de cerca de R$ 15 bilhões por causa da arrecadação além do esperado no primeiro bimestre deste ano.

Durante a audiência na Comissão de Infraestrutura, o ministro também disse que o governo prevê um total de R$ 1,7 trilhão em investimentos no novo PAC. Segundo Costa, R$ 632 bilhões são recursos privados.

Outros R$ 377 bilhões são via Orçamento Geral da União, além de R$ 354 bilhões por meio de financiamento e R$ 394 bilhões de estatais. Rui Costa também ressaltou a perspectiva de geração de 2,5 milhões de empregos diretos e 1,5 milhão de empregos indiretos, decorrentes das obras realizadas por meio do programa.

O ministro ainda disse que o presidente Lula (PT) vai anunciar, nos próximos dias, projetos selecionados pelo Ministério das Cidades no programa. São cinco modalidades: renovação de frotas, urbanização de favelas, regularização fundiária, contenção de encostas e abastecimento de água rural.

Recomposição de emendas

O ministro afirmou, após a audiência, que o acordo entre governo e Congresso para recomposição de emendas está “resolvido” e que “os desafios são outros”.

Costa foi questionado se estaria mantido o acordo sobre a recomposição de R$ 3,6 bilhões em emendas, dos quais 2/3 iriam para a Câmara e 1/3 para o Senado. “Está tudo resolvido. Os desafios são outros. Esse está resolvido”, afirmou o ministro, sem confirmar quais valores foram, de fato, firmados, e quais seriam esses outros desafios.

O ministro se refere aos valores vetados pelo presidente Lula em emendas parlamentares, decisão que irritou o Congresso.

Conforme mostrou o UOL, os líderes do governo tentaram fechar um acordo para recuperar os R$ 3,6 bilhões das emendas de comissão. Para isso, porém, o governo quer autorização para um gasto extra de R$ 15,7 bilhões do DPVAT.

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