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Política & Poder

Lula responde a Guedes: ‘Nunca me viram incitando quebra-quebra’

“Eu participo da política desde 1975 e vocês nunca me viram incitando quebra-quebra”, afirmou Lula, para quem “o povo tem direito de se manifestar”

Aline Rocha

27/11/2019 18h22

Ex-presidente Lula participa da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Da Redação
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que o acusou de incentivar “confusão” e de chamar “todo mundo para quebrar a rua” em protestos contra o governo Jair Bolsonaro.

“Eu participo da política desde 1975 e vocês nunca me viram incitando quebra-quebra”, afirmou Lula, para quem “o povo tem direito de se manifestar”. As falas de Lula foram feitas em uma entrevista ao site Brasil247, transmitida no YouTube. Algumas frases ditas pelo ex-presidente também foram publicadas em sua conta no Twitter.

O petista também vê nas declarações de Paulo Guedes um medo exagerado de manifestações populares. “Essa gente, se vir o povo na rua fazendo procissão carregando vela, vai dizer que a Igreja Católica está querendo botar fogo no País”, disse Lula.

Na segunda-feira, 25, em entrevista coletiva dada em Washington, o ministro da Economia disse que é “uma insanidade” que o ex-presidente Lula peça a presença do povo em manifestações nas ruas. “Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo pra quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5”, afirmou o ministro.

A fala de Guedes gerou reação entre os Poderes, em especial, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffolli, que se pronunciaram no dia mesmo.

Pelo Twitter, Lula disse ainda que o governo Bolsonaro faz com que investidores estrangeiros desistam de colocar dinheiro no País. “Existem duas palavras para ter uma economia sólida: credibilidade e previsibilidade. Esse governo não tem nenhuma das duas. Que investidor estrangeiro vai querer investir no Brasil hoje?”

 

Estadão Conteúdo

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