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Política & Poder

Lula recebe chanceler alemão, Olaf Scholz, no encerramento de seu giro pela América do Sul

Scholz, de terno e gravata escuros, chegou ao Palácio do Planalto às 16h, onde foi recebido com um aperto de mãos pelo presidente Lula

Redação Jornal de Brasília

30/01/2023 17h01

Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne, nesta segunda-feira (30), com o chanceler alemão, Olaf Scholz, com quem espera conversar sobre os movimentos de extrema direita no Brasil e na Alemanha, além de abordar questões comerciais e sobre o meio ambiente.

Scholz, de terno e gravata escuros, chegou ao Palácio do Planalto às 16h, onde foi recebido com um aperto de mãos pelo presidente Lula, que vestia uma gravata vermelha, constatou um jornalista da AFP.

Trata-se da primeira visita oficial de um chefe de governo alemão ao Brasil desde 2015, e do primeiro líder das potências do Ocidente a se reunir com Lula desde que o petista tomou posse em 1º de janeiro.

Scholz chegou ao Brasil depois de visitar Argentina e Chile, onde se reuniu com os presidentes dos dois países, Alberto Fernández e Gabriel Boric, respectivamente.

O objetivo de seu giro pela América do Sul é ampliar o comércio bilateral, o fluxo de investimentos e o financiamento de projetos nos três países.

Após o encontro bilateral, Lula e Scholz receberão empresários dos dois países e concederão uma entrevista conjunta à imprensa.

Lula e Scholz “tratarão dos grandes temas da agenda internacional, no contexto de revitalização da Parceria Estratégica entre os dois países, entre os quais: paz e segurança, transição energética, mudança do clima”, entre outros, indicou o Ministério das Relações Exteriores.

O último compromisso de Scholz em território brasileiro será à noite – um jantar no Palácio do Itamaraty -, antes de retornar a Berlim na terça-feira.

Lula também quer conversar com Scholz sobre a extrema direita, que ele considera “um movimento internacional” e cujo enfrentamento deve ser conjunto, conforme declarou em sua primeira entrevista desde que voltou à Presidência.

Além disso, Lula e Scholz, líderes das maiores economias da América Latina e da Europa, respectivamente, abordarão o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, concluído em 2019 após 20 anos de negociações, mas sem ratificação parlamentar e com fortes críticas de ambos os lados.

Lula considera “urgente” a conclusão do acordo, mas defende que, primeiro, deve-se voltar a negociar com a Europa para que o Brasil não tenha que renunciar a seu interesse de “se reindustrializar”.

Scholz, por sua vez, disse em Buenos Aires que o objetivo de Berlim é “chegar a uma conclusão rápida” sobre o tema.

Contribuição para a Amazônia

Outro ponto da agenda é a retomada da contribuição da Alemanha ao Fundo de Conservação da Amazônia, anunciada após a vitória de Lula nas eleições.

As contribuições para o fundo tinham sido suspensas durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), quando o desmatamento bateu recordes, gerando polêmicas com líderes europeus, especialmente de França e Alemanha.

A ministra de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, anunciou nesta segunda a intenção de Berlim de destinar novos recursos à proteção da floresta amazônica, além dos US$ 38 milhões que já foram anunciados para o Fundo Amazônia, após um reunião com a titular do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília.

© Agence France-Presse

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