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Política & Poder

Lula diz que não quer Forças Armadas em favelas e, que, enquanto for presidente, não haverá GLO

“E, enquanto eu for presidente, não tem GLO. Eu fui eleito para governar esse país e vou governar esse País”, afirmou Lula

Redação Jornal de Brasília

27/10/2023 14h57

Foto: Evaristo Sa/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar do papel dos militares no seu governo. Com críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula disse que o que houve no 8 de janeiro em Brasília foi um “desvio” de um governante “que achava que poderia utilizar as instituições como instrumento dele para fazer política”. Lula reforçou a ideia de distanciar militares na ativa da política, e afirmou que não pretende usar este efetivo para atuar nas questões de segurança do Rio de Janeiro.

“Eu não quero as Forças Armadas na favela, brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas”, disse o presidente durante café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira, 27. Lula também foi enfático ao declarar que não pretende acionar a o dispositivo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante sua gestão. “E, enquanto eu for presidente, não tem GLO. Eu fui eleito para governar esse país e vou governar esse País”, afirmou.

A questão no Rio de Janeiro, pontuou, deve ser feita com uma ação conjunta de todas as forças de segurança, mas cada uma dentro do seu limite. “Mas a gente não vai fazer nenhuma intervenção, como já foi feita há pouco tempo atrás, em que se gastou uma fortuna com o Exército do Rio de Janeiro e que não resolveu nada. Quando você faz uma intervenção abrupta, os bandidos tiram férias”, declarou o presidente.

Sobre militares, o presidente disse que seu governo está tentando mostrar para a sociedade que “que militar não é melhor que civil e civil não é melhor que militar”. “Os dois são brasileiros, os dois estão subordinados a uma Constituição”, disse.

Lula concluiu falando sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que determina que o militar que quiser entrar na política deixe as Forças Armadas. “Ele não pode entrar na política e voltar para dentro da caserna”, afirmou o presidente.

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