Menu
Política & Poder

Lula diz que não quer militar em favela no Rio e descarta GLO em seu mandato

O mandatário foi questionado sobre ações do governo federal para o Rio de Janeiro, para contribuir com o enfrentamento ao crime organizado

Redação Jornal de Brasília

27/10/2023 14h53

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

MARIANNA HOLANDA, MATEUS VARGAS E RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou uma intervenção federal no Rio de Janeiro, após a onda de ataques de milicianos, que queimaram ônibus e provocaram caos na capital fluminense.

Lula justificou a sua decisão acrescentando que não quer militar nas favelas, “brigando com bandido”.

Lula participou nesta sexta-feira de um café da manhã com os jornalistas que cobrem a Presidência da República, no Palácio do Planalto.

O mandatário foi questionado sobre ações do governo federal para o Rio de Janeiro, para contribuir com o enfrentamento ao crime organizado. Lula então voltou a descartar uma intervenção federal nos moldes que já aconteceram no passado.

Disse que não será decretada uma nova GLO (Garantia da Lei e da Ordem), enquanto ele for presidente.

“Nesta semana, tive uma reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o companheiro ministro da Defesa, José Múcio para discutir uma participação dele no Rio de Janeiro. Eu não quero as Forças Armadas, sabe, na favela, brigando com bandido. Não é esse o papel das forças armadas. E, enquanto eu for presidente, não tem GLO”, afirmou

Nesta segunda (23), ao menos 35 ônibus e um trem foram incendiados no Rio de Janeiro em uma resposta à morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, um dos líderes da maior milícia do estado.

O governo desde então vem buscando uma forma de auxiliar o estado no combate ao crime organizado, sem ter chegado a um formato ideal.

Durante a sua transmissão ao vivo na internet, o Conversa com o Presidente, Lula já adiantou que pretendia enviar as Forças Armadas para atuar de maneira “estratégica”. Efetivo da Aeronáutica e da Marinha, afirmou, seriam enviados para atuarem respectivamente em aeroportos e portos.

O presidente voltou a afirmar durante o café da manhã que vai empregar as Forças Armadas para essas funções.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado