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Política & Poder

Lula discutirá acordo Mercosul-UE com Macron em Paris

O Mercosul — formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — chegou a um acordo com a UE em 2019, após mais de 20 anos de negociações

Redação Jornal de Brasília

19/06/2023 12h11

(FILES) Brazil’s former President (2003-2011) Luiz Inacio Lula da Silva addresses reporters at the Italian General Confederation of Labour (CGIL) on February 13, 2020 in Rome. – President Luiz Inacio Lula da Silva has been in diplomatic hyperdrive since taking office, making Brazil a key global player again — but stoking controversy with some of his stances, including on Ukraine and Venezuela. Less than six months into his term, the veteran leftist has already met more foreign leaders than his predecessor, far-right ex-president Jair Bolsonaro, did in four years — 33 to 32, according to a count by newspaper O Globo. (Photo by Filippo MONTEFORTE / AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parte nesta segunda-feira (19) para Itália e França, onde vai discutir o acordo Mercosul-UE com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, após o “endurecimento” das condições por parte dos europeus, afirmou em uma entrevista.

O presidente, de 77 anos, vai-se reunir com o papa Francisco, no Vaticano, na quarta-feira (20). Em Paris, Lula também participará da cúpula sobre um novo pacto financeiro global para lidar com a mudança climática.

“Vou almoçar com Macron. Quero discutir com ele a questão do Parlamento francês, que aprovou o endurecimento do acordo Mercosul-UE”, afirmou Lula em uma entrevista transmitida ao vivo pela emissora pública TV Brasil.

“A UE não pode tentar ameaçar punir o Mercosul se não cumprir isso ou aquilo. Se nós somos parceiros estratégicos, você não tem que fazer ameaça, você precisa ajudar”, acrescentou o presidente, reiterando uma declaração que deu na semana passada ao receber a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Brasília.

O Mercosul — formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — chegou a um acordo com a UE em 2019, após mais de 20 anos de negociações. O pacto não foi ratificado, porém, em parte devido à preocupação da Europa com as políticas ambientais do ex-presidente de direita Jair Bolsonaro (2019-2022).

O clima melhorou com a volta de Lula ao poder em janeiro, mas as demandas ambientais dos europeus, contidas em documento complementar ao acordo apresentado recentemente pela UE, moderaram o entusiasmo.

O almoço oferecido pelo presidente Macron está marcado para sexta-feira, último dia da agenda de Lula na Europa.

Lula participará, na quinta e sexta-feira, em Paris, da cúpula mundial que busca reformar a arquitetura das finanças globais para responder melhor aos desafios da mudança climática.

O presidente também fará um discurso na quinta-feira sobre meio ambiente no show “Power Our Planet: Live in Paris”, em frente à Torre Eiffel, em Paris. Organizado pela ONG Global em paralelo à cúpula, o show contará com performances de estrelas como Billie Eilish, Lenny Kravitz e H.E.R.

Na terça-feira (20), Lula se reunirá em Roma com o sociólogo Domenico de Masi; e, na quarta, será recebido pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella, pelo prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, e pelo papa Francisco, no Vaticano.

Com o papa, Lula pretende “conversar sobre a questão da paz (na Ucrânia), e também sobre a questão da desigualdade” no mundo.

Nos quase seis meses de mandato, Lula teve 33 reuniões com governantes estrangeiros, uma a mais do que Bolsonaro em seus quatro anos de governo.

© Agence France-Presse

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