O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), definiu datas para convocação de envolvidos na negociação suspeita de compras da vacina Covaxin e nas denúncias do caso. O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) será ouvido novamente. Também foi aprovada a convocação do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).
Veja o cronograma dos próximos depoimentos na CPI:
Nesta quinta-feira (1º), será ouvido Francisco Maximiano, representante da Precisa Medicamentos. A Precisa foi quem fechou contrato com o Ministério da Saúde para compra da Covaxin — por um valor 1000% acima do definido pela fabricante indiana Bharat Biotech. Também chama a atenção dos senadores o fato de o governo ter negociado diretamente com a Precisa e não com a fábrica, o que não ocorreu com as outras vacinas hoje usadas no país.
Na sexta (2), deve comparecer o empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira. Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse ao jornal Folha de S.Paulo ter recebido pedido de propina de 1 dólar por dose de vacina da Astrazeneca em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.
Na próxima terça-feira (6), será ouvido novamente o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Ontem, Miranda disse à revista Crusoé que o empresário Silvio Assis, aliado de Ricardo Barros, tentou convencê-lo a não denunciar fraudes na compra da Covaxin.
Na quarta-feira (7), é a vez do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, acusado pelo empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira de oferecer propina de US$ 1 por dose de vacina da Astrazeneca em troca de fechar contrato com o Ministério.
Na quinta-feira (8), quem irá à CPI é o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). Barros é acusado de comandar o contrato superfaturado da Covaxin e também de indicar Roberto Dias para o Ministério da Saúde.
