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Política & Poder

Lei Rouanet não deve sofrer cortes na reforma do IR após pressão do setor cultural

Isso tiraria dezenas de milhões de reais de museus, orquestras e grandes exposições, provavelmente impossibilitando a realização de algumas

Redação Jornal de Brasília

11/08/2021 12h32

João Perassolo
FolhaPress

Previsto para ser votado nesta quarta na Câmara dos Deputados, o projeto da reforma do Imposto de Renda não mais vai prejudicar a Lei Rouanet e outros incentivos fiscais atrelados a esse imposto. Pelo projeto anterior, apresentado no início da semana passada, o principal mecanismo federal de fomento às artes do país seria cortado pela metade. Isso tiraria dezenas de milhões de reais de museus, orquestras e grandes exposições, provavalmente impossibilitando a realização de algumas delas ou forçando sua diminuição de tamanho, além de obrigar o mercado de patrocícionos a se reorganizar.

Contudo, após manifestações de tributaristas e de organizações do setor artístico, o relator Celso Sabino, deputado pelo PSDB do Pará, protocolou uma nova versão da proposta nesta terça na qual praticamente não haverá perdas na Rouanet. É esperada uma diminuição de 0,3% em 2022 e de 0,1% a partir de 2023 nas verbas da lei, o que mantém a situação quase igual a como é hoje.

No ano passado, a Rouanet destinou cerca de R$ 1,4 bilhão a diveras atividades culturais em todo o país. Ela é parte importante do orçamento de grandes museus, como o Masp e Inhotim, de mostras como a Bienal de São Paulo e ajuda na manutenção de orquestras, a exemplo da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

A reforma do Imposto de Renda faz parte da grande reforma tributária do ministro Paulo Guedes, e prevê desconto na alíquota desta taxa cobrada das empresas –é daí que vem a verba para a Rouanet. Até agora, não houve manifestação pública da pasta da Cultura sobre como a reforma tributária pode afetar a Rouanet.

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