Menu
Saúde

Imunização precisa ir além da vacinação contra COVID-19, alerta médica

De acordo com Ana Rosa, ter uma alta taxa de pessoas não vacinadas contra múltiplas doenças, pode ser ainda pior do que a pandemia

Redação Jornal de Brasília

11/08/2021 12h18

A vacina obrigatória de São Paulo e os limites do Poder de Polícia do Estado

Diante da pandemia, a preocupação da população quanto à vacinação teve foco total na campanha contra o coronavírus, mas segundo médica é necessário manter o cartão atualizado

“Vacinas salvam vidas”. Essa é uma campanha que ganhou as redes sociais e a mídia nos últimos tempos, sobretudo, com o avanço da imunização contra a COVID-19 no Brasil e no mundo. Mas, a frase serve como um lembrete e um alerta para as demais formas de imunização. “A vacina é um avanço científico que há muitos anos vem salvando muitas vidas e aumentando consideravelmente a longevidade da população. Vacinar, não só salva vidas, como permite às pessoas a viverem melhor e mais saudáveis”, avalia a infectologista e gerente médica do Sabin Imunização, Ana Rosa dos Santos.

Com o isolamento social adotado como principal forma de prevenção e combate à pandemia, algumas atividades essenciais como fazer exercício físico, cuidados com a alimentação, consultas médicas e realização de exames periódicos foram deixadas de lado. “O mesmo ocorreu com a rotina de vacinação. As pessoas não tiveram muita motivação para manter esse cuidado”, avalia a infectologista.

O Ministério da Saúde define anualmente o calendário vacinal que prevê uma rotina com todas as vacinas necessárias para crianças, adultos e idosos, e doenças como sarampo, febre amarela e influenza estão presentes nessas recomendações. Ao acompanhar corretamente o cronograma estabelecido pelo Ministério, além da própria proteção, epidemias podem ser evitadas.

“A imunização é um componente chave do serviço essencial de saúde. Quando a população está protegida, podemos evitar um desgaste do setor de saúde, principalmente durante um período que sobrecarrega o serviço de saúde, como uma pandemia” explica Ana Rosa.

A médica afirma que a vacina estimula o corpo a produzir anticorpos para se defender contra os microrganismos e que crianças menores de cinco anos, gestantes, idosos e outros grupos de risco devem ter sempre como meta a atualização do cartão de vacinas.

A médio e longo prazo, as consequências para a população podem ser preocupantes. De acordo com Ana Rosa, ter uma alta taxa de pessoas não vacinadas contra múltiplas doenças, pode ser ainda pior do que a pandemia.

“A vacinação deve ser iniciada logo após o nascimento porque é uma das formas mais importantes de prevenção contra doenças causadas por vírus e bactérias. Algumas doenças, para as quais já existem vacinas, podem ser muito graves, com risco de óbito ou sequelas”, explica a infectologista.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado