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Política & Poder

Gasolina, diesel e gás de cozinha vão subir de preço

Petrobras anunciou que, nesta terça (9), vai reajustar em até 8,2% os valores dos produtos. É o terceiro aumento em pouco mais de um mês

Redação Jornal de Brasília

08/02/2021 11h40

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha (GLP) vendidos às refinarias vão aumentar. A Petrobras anunciou que o reajuste vai ocorrer nesta terça-feira (9).

A gasolina vai ficar 8,2% mais cara; o preço do diesel sobe 5,6%; e o do gás de cozinha, 5%. Em centavos, o diesel vai subir R$ 0,13 por litro, para R$ 2,24 por litro; a gasolina passará a custar R$ 2,25 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,17 por litro, e o gás de cozinha terá aumento de médio de R$ 0,14 por kg (equivalente a R$ 1,81 por 13kg).

É o terceiro aumento no valor da gasolina em menos de um mês. De 2020 para cá, os preços subiram sete vezes consecutivas. O mais novo reajuste pegou o mercado de surpresa, principalmente em relação à transparência da Petrobras. Isso porque a empresa havia afirmado que não houve mudança nos preços.

“Importante ressaltar que os valores praticados nas refinarias pela Petrobrás são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, informou a Petrobrás, que está sob pressão diante da necessidade de aumentar seus produtos ao mesmo tempo em que há pressão dos caminhoneiros pela alta do diesel.

Bolsonaro

Mais cedo, em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o preço dos combustíveis no Brasil. Bolsonaro disse a apoiadores que quer diminuir os impostos federais, mas que é preciso respeitar leis.

“Queremos diminuir os impostos federais. Agora, para diminuir, pela lei existente, eu tenho que arranjar um outro local par atirar dinheiro. A não ser que o parlamento, se é que é possível, me dê autorização para diminuir sem apontar uma outra fonte para compensar isso que está sendo tirado”, afirmou Bolsonaro.

O presidente também falou sobre o novo reajuste previsto para os próximos dias. “Não é novidade para ninguém. Está previsto um novo reajuste de combustível para os próximos dias. Vai ser uma chiadeira, e com razão? Vai. Eu tenho influência na Petrobras? Não. Aí o cara me pergunta: ‘Você é presidente do quê?’ Pô, cara, vocês votaram em mim, [mas] tem um montão de lei aí.”

“Ou eu cumpro a lei ou eu vou ser ditador. E para ser ditador, vira uma bagunça o negócio. Ninguém quer ser ditador. Isso não passa pela cabeça da gente.”

Na semana passada, Bolsonaro disse que nunca interferiu em preços ou atos internos da estatal. “Jamais controlaremos os preços da Petrobras. A empresa está inserida no contexto internacional e a respeitamos. O coração do presidente da Petrobras, Castello Branco, não é diferente do meu.”

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