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Política & Poder

Familiares de vítimas da covid entram com representação criminal contra Bolsonaro

Ação pede que Bolsonaro seja denunciado ao STF pelos crimes de prevaricação, infração de medida sanitária preventiva, emprego irregular de verbas públicas, perigo para a vida ou saúde e inutilização de material de salvamento

Redação Jornal de Brasília

28/06/2021 14h50

Foto: AFP/Evaristo Sá

A Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico) entrou neste mês com uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR) cobrando a responsabilização do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela gestão da pandemia.

O grupo pede que Bolsonaro seja denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de prevaricação, infração de medida sanitária preventiva, emprego irregular de verbas públicas, perigo para a vida ou saúde e inutilização de material de salvamento.

“O presidente Bolsonaro tomou decisões colocando deliberadamente em risco e levando à morte de brasileiros e brasileiras por covid-19”, argumenta a associação.

No documento, eles chamam atenção para a promoção de aglomerações, o estímulo ao tratamento precoce e a gestão ‘autoritária’ do Ministério da Saúde, com a troca dos titulares da pasta em meio à crise sanitária.

“Bolsonaro, quando não exonerou, deu causa à demissão de Ministros da Saúde em momentos críticos e pontuais para uma boa condução da crise. Tais afastamentos sempre tiveram um objetivo muito claro: o de que a gestão da pandemia ocorresse exatamente nos termos defendidos pelo ora representado, ou seja, sem respeito às medidas de isolamento e/ou distanciamento social e com apelo a um tratamento ineficaz”, diz um trecho da representação.

A Avico também acusa a ineficiência na vacinação em massa contra o coronavírus e as dúvidas lançadas pelo presidente sobre os imunizantes. Segundo a associação, Bolsonaro adotou uma ‘postura antivacina’ e deixou de comprar doses para imunizar a população

A gestão da pandemia pelo governo federal é classificada pela entidade como uma ‘estratégia institucional genocida’.

“A postura do representado Jair Messias Bolsonaro diante da pandemia evidencia uma estratégia federal cruel e sangrenta de disseminação da covid-19, perfazendo um ataque sem precedentes aos direitos humanos no Brasil”, afirma o documento.

AS informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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