Na última sexta-feira (18), José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, encaminhou um ofício à Polícia Federal solicitando os nomes dos militares que encontraram o hacker Walter Delgatti Neto, acusado, dentre outros crimes, de invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Essa solicitação era esperada, já que o advogado do hacker, Ariovaldo Moreira, revelou em entrevista que teria se encontrado com o general do Exército Paulo Sérgio Nogueira, o coronel do Exército Eduardo Gomes da Silva, além de servidores federais.
Na última semana, o hacker prestou depoimento à Polícia Federal e também falou para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas, onde confirmou a invasão ao CNJ a pedido de Carla Zambelli.
Ele afirmou também que Bolsonaro pediu que ele assumisse a autoria de um grampo já realizado contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e que prometeu uma espécie de “indulto” aos crimes de Delgatti caso ele aceitasse a proposta. Além disso, revelou que o ex-presidente lhe orientou a ir ao Ministério da Defesa explicar aos técnicos como seria possível uma eventual fraude nas urnas.