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Política & Poder

Defesa de bolsonarista preso por ataque à PF diz não ter acesso a processo

O advogado Ronan Alencar afirmou que “o custodiado, a família e a defesa técnica continuam sem qualquer informação”

Redação Jornal de Brasília

27/07/2023 20h44

Imagem: Reprodução/Web

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

A defesa do influenciador bolsonarista Allan Frutuozo da Silva, detido na quarta (26) no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, afirmou nesta quinta-feira (27) ao UOL que continua sem acesso ao processo que resultou na prisão.

O advogado Ronan Alencar afirmou que “o custodiado, a família e a defesa técnica continuam sem qualquer informação” e que amanhã falará com Allan.

Ainda segundo Alencar, “mesmo após a juntada de toda documentação necessária, mais de 24 horas após a prisão do Allan Frutuozo, ainda não foi oportunizado à defesa técnica acesso aos autos que motivaram a expedição do mandado de prisão”.

“Sem informação sobre o conteúdo do processo. Sem acesso ao processo. Ou mesmo a decisão que decretou a sua prisão. Não sabemos qual foi a fundamentação motivadora do mandado de prisão e nem do que ele está sendo acusado”, diz Alencar.

Allan é investigado por participar, divulgar e incentivar o ataque ao principal prédio da PF no dia 12 de dezembro, quando golpistas tentaram libertar um indígena detido naquele dia. O episódio antecedeu os ataques extremistas aos Três Poderes no 8 de janeiro em Brasília.

Frutuozo foi preso quando tentava embarcar em um voo para a Argentina e foi isolado pelos policiais quando tentava passar pela fila de emigração. Havia um mandado de prisão preventiva expedido contra ele desde dezembro do ano passado, pela Justiça Federal do Distrito Federal.

Logo depois de ser detido, Frutuozo foi levado para uma sala da polícia e começou uma transmissão no YouTube e no Twitter para avisar que estava sendo preso. “Parece que realmente vão me recolher. Não percam a esperança no Brasil”, postou ele no Twitter.

Frutuozo é suspeito de associação criminosa e coação no curso do processo, segundo a decisão judicial.
Em vídeos da invasão da PF, ele aparece estimulando outros bolsonaristas, com gritos de “é guerra” e também fala em “guerra contra comunistas”, de acordo com relatório policial.

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