Para o ministro, “o grande fato diplomático” do dia é a posição dos Estados Unidos, que apresentaram nesta segunda para o Conselho de Segurança Organização das Nações Unidas (ONU) uma proposta de cessar-fogo entre Palestina e Israel, e não o “espetáculo” de Netanyahu.
“O grande fato político diplomático do dia de hoje não é o espetáculo diplomático que tentou fazer o chefe de governo atual Netanyahu”, disse o ministro. Ao comentar sobre o cessar fogo proposto pelos EUA, Padilha chamou o posicionamento de histórico e “quase inédito”.
“Até os Estados Unidos, que sempre foram um aliado histórico de Israel, que vetou a proposta de resolução apresentada pelo governo brasileiro no Conselho de Segurança […] até os Estados Unidos reconhecem hoje que não é possível admitir a continuidade da operação militar pelo primeiro ministro Netanyahu”, disse. “Torço para a posição dos EUA acabe com obstáculos na ONU para cessar-fogo de Israel”, completou
Lula criticou no domingo, 18, durante entrevista coletiva em Adis Abeba, capital da Etiópia, a operação israelense contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Lula fez um paralelo entre a morte de palestinos com o extermínio de judeus feito pelo líder da Alemanha nazista, Adolf Hitler. Durante o regime nazista, que ocorreu entre 1933 e 1945, 6 milhões de judeus foram mortos.
Em resposta à fala de Lula, Netanyahu disse, neste domingo que “comparar Israel ao Holocausto nazista e Hitler é cruzar uma linha vermelha”. “As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e sérias. São sobre banalizar o Holocausto e tentar ferir o povo judeu e o direito Israelense de se defender.”
Outra consequência das declarações do presidente brasileiro veio nesta segunda-feira. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que Lula é considerado persona non grata em Israel enquanto não se desculpar pelas falas.