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Política & Poder

Críticas de Alckmin ao PT, feitas em 2018, circulam como se fossem atuais

Alckmin enviou um vídeo do candidato em que ele diz que falas antigas estão sendo “utilizadas para confundir o povo”

Jornal de Brasília

01/10/2022 10h57

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Falas antigas de Geraldo Alckmin (PSB), candidato à vice-presidência na chapa de Lula (PT), circulam fora de contexto no WhatsApp. Nos vídeos compartilhados no aplicativo de mensagens, ele critica o PT e Lula. No início deste mês, Alckmin afirmou que os recortes são espalhados pela oposição “para confundir o povo”. Por sua vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu em sessão plenária no dia 20 de setembro de 2022 que, mesmo fora de contexto, as falas de fato existiram e é direito do eleitor conhecer e ponderar sobre elas.

Em um dos vídeos descontextualizados, Alckmin começa dizendo “Este pode ser um dos momentos mais delicados da nossa democracia”, e prossegue com críticas diretas ao PT. Essa fala é um recorte do seu 11º programa eleitoral, divulgado nas eleições 2018. Segundo o Poder360, que divulgou esta e outras propagandas em seu canal no YouTube, o vídeo completo foi ao ar no dia 22 de setembro de 2018.

Procurada, a assessoria de Alckmin enviou um vídeo do candidato em que ele diz que falas antigas estão sendo “utilizadas para confundir o povo”.

O TSE reconheceu em decisão deste mês que as falas estão sendo usadas fora de contexto. Entretanto, prevaleceu o entendimento de que impedir a circulação dessas informações poderia atingir a “liberdade de livre informação do eleitor” e a “criminalização da atividade política” – considerando que essas mesmas peças estão sendo aproveitadas em campanhas adversárias.

Na decisão, foi defendido o direito do eleitor de ter “amplo conhecimento” e poder “ponderar sobre os motivos” que levariam às alterações de posição dos candidatos, algo considerado comum no jogo político. Assim, foi argumentado que barrar esses conteúdos antigos seria uma intervenção exagerada e inadequada da Justiça Eleitoral no debate político.

Estadão Conteúdo

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