A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro deverá ter seu relatório elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a relatora, até o dia 17 de outubro, ou seja, restam nove sessões pela frente. Assim, foram aprovadas mais 30 convocações de pessoas para depoimentos.
Com o acordo firmado pela mesa diretora, aliados do governo teriam direito a convocar seis pessoas, e os opositores, três.
Contrariando Arthur Maia, presidente da comissão, Eliziane pede um período um pouco maior para a CPMI, com a apresentação e relatório previstos para a primeira quinzena de novembro.
“Creio que estamos caminhando para um entendimento geral de que a data de outubro seria uma data razoável para que todas as oitivas e documentações sejam analisadas e possamos chegar a um relatório final”, disse Arthur Maia.
Entre os nomes já convocados e não inquiridos está o do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo de Jair Bolsonaro (PL); e do general Walter Braga Neto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.
Mauro Cid já depôs, mas a comissão quer que ele seja reconvocado para falar sobre os novos desdobramentos nos casos das joias.
Nomes como o do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro; de José Américo Gaia, comandante da Força Nacional de Segurança; e do ministro da Justiça, Flávio Dino – cuja convocação é vista como improvável por parte dos governistas também entraram em pauta.
Outra ideia da oposição é aprovar uma acareação entre o general Gonçalves Dias e o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto. Ele chefiava o comando durante os atos golpistas de 8 de janeiro.
Grande parte dos convocados que ainda não foram ouvidos pela CPMI já deram depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF.