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Política & Poder

CPI recebe Francisco Maximiano e pode votar requerimentos nesta quinta-feira

Comissão pode votar pedido para que o ministro Fux compartilhe informações sobre processos nos quais Ricardo Barros seja réu. Fake news também está na mira

Willian Matos

19/08/2021 7h23

Foto: Agência Senado

A CPI da Pandemia reserva a sessão desta quinta-feira (19) para a oitiva do dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. Será mais um depoimento voltado para a negociação suspeita de compra da vacina Covaxin.

Os senadores seguem investigando as possíveis irregularidades no contrato entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde. Os altos valores (10 dólares por dose), o fato de a Precisa intermediar o negócio — prática incomum na compra de vacinas e o envolvimento de uma terceira empresa, a Madison Biotech, que receberia os valores referentes à Covaxin, são apurados. O acordo foi cancelado pelo Ministério após as apurações da CPI.

O depoimento de Maximiano foi adiado várias vezes. O proprietário da Precisa chegou a viajar para a Índia durante a semana de uma das datas marcadas para a oitiva.

Requerimentos

Há a expectativa de que, antes do depoimento, os senadores votem 183 requerimentos diversos. Entre eles, está o pedido de convocação dos diretores do FIB Bank Garantias e a quebra de sigilo fiscal e financeiro de responsáveis por sites que teriam disseminado fake news durante a pandemia. A CPI pode pedir ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que compartilhe relatórios de análise relativos à desinformação no contexto da pandemia, uma vez que o magistrado é relator do inquérito sobre fake news no STF.

A Comissão pode votar, ainda, um pedido para que o Presidente do STF, Luiz Fux, compartilhe informações sobre processos nos quais seja réu o deputado federal, Ricardo Barros (PP-PR). Os senadores também devem decidir se convocam ou não o empresário José Ricardo Santana, apontado pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, como sua companhia no jantar onde teria ocorrido o suposto pedido de propina para fechamento de contrato de aquisição de 400 milhões de doses da AstraZeneca com a empresa Davati.

Os senadores podem votar, ainda, quebra de sigilo de pessoas ligadas a Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos que é investigado pela Comissão por suspeitas de irregularidades no contrato do Ministério da Saúde para aquisição da vacina indiana Covaxin. Podem ter quebrados seus sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático  Márcio Luis Almeida dos Anjos e a Global Gestão em Saúde. Os membros da CPI também requerem dados fiscais de Danilo Berndt Trento, Danilo Cesar Fiore, Frederick Wassef, Gustavo Alexandre Gaspar de Oliveira, João Vitor Maximiano, José Carlos da Silva Paludeto, Marcelo Bento Pires, Ricardo José Magalhães Barros e Thais Amaral Moura. Com informações da Agência Senado

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