Menu
Política & Poder

CPI quebra sigilos de responsáveis por sites acusados de fake news

Senadores querem apurar se perfis que divulgam informações falsas relacionadas à pandemia são patrocinados

Willian Matos

19/08/2021 12h06

Foto: Agência Senado

A CPI da Pandemia aprovou 26 requerimentos que pediam a quebra de sigilos fiscal e financeiro de responsáveis por sites acusados de disseminar notícias falsas durante a pandemia de covid-19. A votação ocorreu durante sessão nesta quinta-feira (19).

Entre os veículos cujos responsáveis terão os sigilos quebrados, está o Terça Livre, do blogueiro Allan dos Santos, que já é alvo de denúncia do Ministério Público Federal (MPF) após ter cometido ameaças contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo (STF).

Força Brasil, Renova Mídia e Jornal da Cidade Online são outros veículos que estão na mira da CPI. Donos de algumas páginas, como as intituladas Farsas do Covid-19, Brasil de Olho, Tratamento Precoce PVH, Alemanha Comentada O Informante, entre outros, também terão seus sigilos quebrados.

A CPI quer apurar se estes perfis que disseminam notícias falsas sobre a pandemia recebem dinheiro de membros do governo federal.

Negociação com Covaxin

Foram aprovados mais de 180 requerimentos nesta quinta (19). Entre eles, estão uma série de pedidos para acessar informações sobre empresas que negociaram com o Ministério da Saúde, como a Precisa Medicamentos, que intermediou a compra da Covaxin.

Os senadores quebraram o sigilo fiscal e pediram informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de pessoas e empresas ligadas à Precisa Medicamentos, entre elas o dono da empresa, Francisco Maximiano.

Maximiano depõe à CPI hoje. Contudo, o empresário está munido de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe permite ficar em silêncio diante de perguntas incriminatórias e tem usado o direito.

No início do depoimento, Maximiano e seu advogado informaram aos senadores que responderão apenas perguntas cujas respostas não sejam capazes de incriminá-lo. O empresário chegou a confirmar que conhece o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo, apontado como mentor do negócio supostamente fraudulento entre a Precisa e o Ministério da Saúde. Já em outras questões, o dono da Precisa informa que se manterá em silêncio.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado