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Política & Poder

CPI pede para a polícia legislativa buscar depoente

Nesta quinta-feira (2), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid esperava ouvir o depoimento do advogado Marconny Albernaz Ribeiro, suposto lobista da Precisa Medicamentos

Guilherme Gomes

02/09/2021 10h07

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Nesta quinta-feira (2), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid esperava ouvir o depoimento do advogado Marconny Albernaz Ribeiro, suposto lobista da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a compra de doses da Covaxin pelo governo federal. Contudo, o depoente não compareceu e a CPI pediu para a polícia legislativa buscar o advogado.

De acordo com informações de bastidores do senado, a medida está sendo executada mas, até o momento, a polícia legislativa ainda não localizou o depoente.

“Há algum tempo o Marconny já demonstrava o interesse de não comparecer na CPI […] O habeas corpus dele é o mesmo para todos os depoentes, os termos do documento não exime a presença dele na comissão”, disse o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O advogado Marconny Albernaz chegou a apresentar um atestado médico para não comparecer à CPI. De acordo com Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o médico responsável pelo atestado manifestou a intenção de cancelar o atestado.

O senador disse que o médico teria notado uma “simulação” do advogado e, por isso, quis cancelar o atestado. Além disso, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que, para garantir o depoimento do susposto lobista, recorrerá à Justiça caso ele não compareça.

Os senadores devem questionar Marconny sobre sua atuação na negociação das vacinas, que teve um contrato bilionário do Ministério da Saúde com a Precisa. Os parlamentares também buscarão respostas sobre a participação dele na venda de testes contra a Covid-19.

Vale lembrar que Marconny tem um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que o permite permanecer em silêncio durante a comissão.

Ex-secretário de Saúde do DF pode ser ouvido hoje

De acordo com a Agência Senado, o ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho está no Senado. Ele pode ser ouvido pela CPI ainda hoje, caso Marconny Faria não compareça ao depoimento.

Francisco Araújo foi preso em agosto de 2020 durante a Operação Falso Negativo. A investigação abarcou ilicitudes na aquisição de testes rápidos para detecção da covid-19 para a rede pública de saúde local.

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