Mateus Souza
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Durante a CPI da Covid, a diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, afirmou que o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco, o consultor técnico da Opas, William Santana, e o Secretário Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, mentiram sobre a data em que nota fiscal internacional foi enviada. O documento apresentava uma série de inconsistências que estão sendo apuradas pelo colegiado.
Emanuela Medrades negou que tenha enviado a invoice (documento com informações fiscais) da vacina indiana Covaxin para o Ministério da Saúde no dia 18 de março. O documento, de acordo com ela, só foi encaminhado para a pasta no dia 22 daquele mês.
A declaração ocorreu durante a inquirição do Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e contraria o que foi dito pelo chefe da divisão de importação do ministério, Luis Ricardo Miranda, e pelo consultor técnico da pasta William Amorim Santana. Durante depoimento na CPI, Emanuela desafiou Luis Ricardo e William Santana a comprovarem suas versões e aceitou fazer uma acareação na comissão.
A afirmação da diretora também contraria informações passadas por Elcio Franco e Onyx Lorenzoni. Segundo Emanuela, a data do documento difere da data de envio, que seria 22 de março.