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Política & Poder

Conselheiro de Contas de SP chama MP de ‘ordinário’

Marinho sustentava, em um julgamento, que não é possível exigir que assessores parlamentares tenham nível universitário

Redação Jornal de Brasília

29/09/2023 20h30

Imagem: Reprodução/ EBC

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Robson Marinho classificou como “ordinários” os integrantes do Ministério Público que o investigaram por suspeita de recebimento de propinas da multinacional francesa Alstom, entre 1998 e 2005. A declaração ocorreu na quarta-feira, durante uma sessão de julgamento do TCE-SP.

Marinho sustentava, em um julgamento, que não é possível exigir que assessores parlamentares tenham nível universitário, uma vez que não há previsão em lei para tanto. E criticou o posicionamento da Corte de Contas estadual sobre o assunto, citando o período em que ficou afastado das funções.

“Então o tribunal, na minha visão, errou, durante muitos anos. Eu não estava aqui. Por quê? Por causa do Ministério Público. Não o de Contas, o Ministério Público ordinário, aqueles ordinários, por isso que não estava aqui. Mas eu voltei, aí nós discutimos essa questão e decidimos.”

Offshore

A ira do conselheiro se deve ao fato de, a pedido da Promotoria, a Justiça ter alijado Marinho de suas funções entre 2014 e 2022, na investigação que atribuiu a ele a titularidade de offshore na Suíça detentora de US$ 3 milhões. Ele sempre negou ter ligação com a offshore e ser o dono dos dólares no país europeu. Marinho reassumiu o cargo no início do ano passado após ser beneficiado pela prescrição do crime que lhe foi imputado pelo Ministério Público Federal.

A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo disse que a manifestação foi “grosseira e descabida”. “O conselheiro demonstra absoluto destempero, o que redunda em dizer que lhe falta aptidão para exercer o cargo que ocupa.”

Estadão Conteúdo

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