Os Ministérios Públicos do Rio e de São Paulo deflagraram na manhã desta quinta, 18, a operação Anjo, e prenderam o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz em Atibaia, no interior de São Paulo. Além dele, a operação mira o servidor da Assembleia Legislativa do Rio Matheus Azeredo Coutinho, os ex-funcionários da casa Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.
A Polícia cumpre ainda mandado de busca e apreensão em casa que consta na relação de bens do presidente Jair Bolsonaro no Rio. O imóvel fica em Bento Ribeiro, na Zona Norte da cidade.
A operação está relacionada ao inquérito sobre as ‘rachadinhas’ no gabinete do filho do presidente Flávio Bolsonaro à época em que era deputado estadual.
Contra outros suspeitos de participação no esquema, a Justiça fluminense decretou medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas.
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi encontrado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP-SP no escritório de um advogado que presta serviços ao parlamentar. Queiroz também é alvo de buscas. Segundo a Promotoria, a transferência do ex-assessor de Flávio Bolsonaro para o Rio ocorrerá ainda hoje.
O delegado Nico Gonçalves informou que Queiroz estava na casa em Atibaia há cerca de um ano, segundo informado pelo caseiro. Queiroz foi encontrado sozinho e não reagiu à prisão. Ele disse aos policiais que estava com a saúde ‘muito abalada’. O ex-assessor de Flávio entregou o celular à Polícia.
Gonçalves indicou ainda que os agentes tiveram que arrombar a porta da casa em que Queiroz foi encontrado, do advogado Fred Wassef. Segundo ele, Queiroz estava dormindo, se mostrou surpreso e pode não ter ouvido a campainha.
O delegado informou que foram apreendidos celulares, documentos e uma pequena quantia de dinheiro no local onde Queiroz foi preso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo