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Política & Poder

Compra da Covaxin envolveu empresa dos Emirados Árabes

A informação torna a aquisição ainda mais polêmica, uma vez que já são quatro empresas envolvidas, o que não ocorreu com outros imunizantes

Redação Jornal de Brasília

09/07/2021 7h22

A compra suspeita da vacina Covaxin por parte do governo federal junto à Precisa Medicamentos envolveu mais uma empresa. Documento obtido pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que a Envixia Pharmaceuticals LLC, com sede nos Emirados Árabes, também intermediou o negócio bilionário.

Em um memorando, a empresa aparece como responsável por apoiar todas as atividades relacionadas a registro e comercialização da Covaxin no Brasil.

A informação torna a compra ainda mais polêmica. Isso porque com as outras quatro vacinas hoje usadas no Brasil (Astrazeneca, Coronavac, Pfizer e Janssen) não ocorreu negociação com tantos intermediadores. Com a Covaxin, já são quatro empresas envolvidas.

A vacina é fabricada pela Bharat Biotech, na Índia. A Bharat assinou memorando em 24 de novembro de 2020 com a Precisa, do Brasil, e com a Envixia, dos Emirados Árabes. Uma empresa de Singapura, a Madison Biotech, foi usada em tentativa frustrada de pagamento antecipado de US$ 45 milhões. A Madison receberia o valor como representante da Precisa.

A CPI da Pandemia tem investigado o caso. A primeira oitiva relacionada à compra foi a do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que disse que avisou ao presidente Jair Bolsonaro que a aquisição era fraudulenta. Segundo Miranda, Bolsonaro teria dito que “isso é coisa do Ricardo Barros”. Barros (PP-PR) é o líder do governo na Câmara.

A comissão deve ouvir Barros e o representante da Precisa Francisco Maximiano. Miranda também deve depor novamente.

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