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Política & Poder

Chanceler exonera diplomata que fez de braço de estudos do Itamaraty reduto olavista

Na gestão de Goidanich, a fundação se transformou num reduto de seguidores do escritor Olavo de Carvalho e blogueiros de direita

Redação Jornal de Brasília

12/07/2021 16h35

Foto: Gabriel Albuquerque/MRE/Flickr

Daniel Carvalho
FolhaPress

O chanceler Carlos França exonerou nesta segunda (12) o ministro de segunda classe Roberto Goidanich da presidência da Funag (Fundação Alexandre de Gusmão), braço de estudos e debates do Itamaraty.

Na gestão de Goidanich, a fundação se transformou num reduto de seguidores do escritor Olavo de Carvalho e blogueiros de direita. Para o lugar do diplomata foi escolhida a embaixadora Márcia Loureiro, cônsul-geral do Brasil em Los Angeles, nos EUA. A troca foi publicada no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira, em portarias assinadas pelo ministro da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos.

Goidanich assumiu a Funag na gestão do olavista Ernesto Araújo -demitido em março- à frente do Itamaraty. Durante o período, o órgão promoveu debates com bolsonaristas como o youtuber Bernardo Kuster e o blogueiro Allan dos Santos. As conferências com nomes conservadores começaram em 2019 e ganharam fôlego renovado durante a pandemia da Covid-19.

Desde que assumiu o comando do Ministério das Relações Exteriores, França tem mudado a orientação da pasta para uma postura pragmática. Em seu primeiro discurso após assumir o cargo, em abril, prometeu engajar o Itamaraty numa “verdadeira diplomacia da saúde” e colocou o desenvolvimento sustentável como uma das prioridades da sua gestão, em acenos ao Congresso e aos EUA de Joe Biden.

De partida, França sinalizou que realizaria mudanças pontuais no segundo escalão do Itamaraty.

As informações são da FolhaPress

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