Fábio Zanini
São Paulo, SP
Chamado de “companheiro” pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante ato que selou sua indicação para vice na chapa à Presidência, Geraldo Alckmin (PSB) costumava desdenhar do termo.
“Aumentaram os gastos com o aparelhamento do Estado. Não emprego para o povo, mas para os petistas, para a companheirada”, disse, durante a campanha presidencial de 2006, quando disputou contra o próprio Lula.
O termo “companheiro” é normalmente ligado à esquerda, e sobretudo ao PT. Ao usá-lo para se referir a Alckmin, Lula faz mais um gesto para mostrar que agora são aliados.
“Nossa vontade é de reconstruir o Brasil. A partir de agora é companheiro Alckmin e companheiro Lula”, tuitou o ex-presidente nesta sexta (8).
O ex-tucano, contudo, costumava associar a palavra a corrupção. “No Banco do Brasil, onde tem problema? É a companheirada”, disse, também em 2006. Na mesma eleição, criticou desvios em “ONGs da companheirada”.