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Política & Poder

Câmara de SP votará abertura de CPI que mira padre Júlio na semana que vem

A reportagem não conseguiu contato com o padre Júlio. Já a Arquidiocese disse que não deverá comentar o tema

Redação Jornal de Brasília

05/03/2024 18h13

O vereador pediu uma CPI para avaliar os projetos que atuam no Centro de São Paulo

CARLOS PETROCILO E CLAYTON CASTELANI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O plenário da Câmara Municipal de São Paulo poderá votar na sessão da próxima semana a abertura ou não da CPI que mira o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua.

A CPI, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), tem como alvo organizações que atuam na região da cracolândia, no entanto, mira também a atuação do padre Júlio Lancellotti.

Nesta terça (5), durante o Colégio de Líderes foi acordado que a decisão para instaurar a CPI deverá ser debatida na terça da semana que vem. A proposta poderá ser votada na terça ou, mais tardar, na quarta.

Para a CPI ser instaurada serão necessários 28 votos, a maioria absoluta da Casa -composta por 55 vereadores.
Entusiasta da CPI e presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil) informou que será requisitado ao Ministério Público e à Polícia Civil o acompanhamento desta CPI.

A reportagem não conseguiu contato com o padre Júlio. Já a Arquidiocese disse que não deverá comentar o tema.

O padre sempre negou as acusações e, em nota enviada à Folha de S.Paulo nesta segunda, afirma que “as imputações surgidas recentemente -assim como aquelas que sobrevieram no passado- são completamente falsas, inverídicas” e que tem “plena fé que as apurações conduzidas pela Arquidiocese esclarecerão a verdade dos fatos”.

A Câmara tem, atualmente, três CPIs em andamento: Enel, Violência contra Mulher e Furtos de Fios e Cabos.

Na reunião de líderes desta terça, vereadores contrários à CPI das ONGs disseram que o foco da CPI das ONGs é, na verdade, a atuação do padre Júlio.

Em janeiro, sete vereadores que assinaram o requerimento para abrir a investigação sobre as ONGs pediram que seu apoio fosse retirado, sob alegação de que o documento não fazia nenhuma menção ao pároco.

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