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Política & Poder

Braga Netto critica reportagem, mas reforça discussão sobre voto impresso

“Acredito que todo cidadão deseja maior transparência e legitimidade no processo de escolha de seus representantes”, declarou o ministro da Defesa. Leia a nota na íntegra

Willian Matos

22/07/2021 10h54

O ministro da defesa, Walter Braga Netto, se manifestou nesta quinta-feira (22) sobre uma suposta ameaça que teria feito ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para instaurar o voto impresso no sistema eleitoral brasileiro nas eleições de 2022. Braga Netto criticou a imprensa, que noticiou o caso, mas reforçou que a discussão sobre a mudança na forma como se dá o voto nas urnas eletrônicas é “legítima”.

“Hoje foi publicada uma reportagem na imprensa que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interruptores a presidente de outro Poder. O ministro da Defesa não se comunica com os presidentes dos Poderes por meio de interlocutores. Trata-se de mais uma desinformação que gera instabilidade entre os poderes da república e um momento que exige a união nacional”, declarou. O ministro se refere à reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que diz que ele usou interlocutores para dizer a Arthur Lira que, se não houver voto impresso e auditável em 2022, não haverá eleições. A matéria foi amplamente replicada por toda a imprensa nesta manhã.

Braga Netto disse ainda que a discussão sobre o voto impresso é “legítima” e “defendida pelo governo federal”. “Acredito que todo cidadão deseja maior transparência e legitimidade no processo de escolha de seus representantes no Executivo e no Legislativo em todas as instâncias. A discussão sobre o voto eletrônico auditável por meio de comprovante impresso é legítima, defendida pelo Governo Federal e está sendo analisada pelo parlamento brasileiro, a quem compete decidir sobre o tema”, declarou.

Leia a nota do ministro na íntegra:

Hoje foi publicada uma reportagem na imprensa que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interruptores a presidente de outro Poder. O ministro da Defesa não se comunica com os presidentes dos Poderes por meio de interlocutores. Trata-se de mais uma desinformação que gera instabilidade entre os poderes da república e um momento que exige a união nacional. O Ministério da Defesa que as Forças Armadas atuam e sempre atuarão dentro dos limites previstos na Constituição. A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são instituições nacionais regulares e permanentes, comprometidas com a sociedade, com a instabilidade institucional do país e com a numeração da democracia e da liberdade do povo brasileiro. Acredito que todo cidadão deseja maior transparência e legitimidade no processo de escolha de seus representantes no Executivo e no Legislativo em todas as instâncias. A discussão sobre o voto eletrônico auditável por meio de comprovante impresso é legítima, defendida pelo Governo Federal e está sendo analisada pelo parlamento brasileiro, a quem compete decidir sobre o tema.

Lira também se manifesta

Pelo Twitter, Arthur Lira também se manifestou. O presidente da Câmara minimizou a ação da imprensa, mas não falou de forma clara sobre a discussão. “A despeito do que sai ou não na imprensa, o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano”, declarou, sem falar sobre voto impresso e/ou auditável.

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