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Política & Poder

Bolsonaro se reúne oncologista cotado para substituir Mandetta

A decisão sobre o novo titular da Saúde, no entanto, ainda não está tomada, afirmam interlocutores do governo

Redação Jornal de Brasília

16/04/2020 14h33

O presidente Jair Bolsonaro começa a receber, nesta quinta-feira, 16, no Palácio do Planalto cotados para substituir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O primeiro da lista é o oncologista Nelson Teich, que atuou na campanha eleitoral do presidente e tem apoio da classe médica. A decisão sobre o novo titular da Saúde, no entanto, ainda não está tomada, afirmam interlocutores do governo.

Em reunião nesta quinta-feira (16), o médico foi recebido por Bolsonaro e os ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; e da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, além do secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, que é um dos defensores do nome de Teich.

O oncologista chegou a ser cogitado para o cargo de ministro a Saúde em 2018, ainda no período do governo de transição, quando Bolsonaro escolhia seu ministério. O então presidente-eleito, optou, no entanto, pelo ex-deputado Mandetta, que foi indicação da Frente Parlamentar da Saúde.

 Teich atuou como consultor informal da área de saúde na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018. À época, a aproximação ocorreu por meio do atual ministro da Economia, Paulo Guedes. Na transição do governo, Teich foi cotado para comandar a Saúde, mas perdeu a vaga para Mandetta, que havia sido colega de Bolsonaro na Câmara de Deputados e tinha o apoio do governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO), agora seu ex-aliado, e de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que foi chefe da Casa Civil e agora é ministro da Cidadania.

O oncologista tem o apoio da Associação Médica Brasileira (AMB), que referendou a indicação ao presidente, e possui boa relação com empresários do setor de saúde.

O argumento pró-Teich de parte da classe médica é o de que ele trará dados para destravar debates hoje “politizados” sobre o enfrentamento da covid-19. Integrantes do setor de saúde afirmam que a ideia não é ceder completamente a argumentos sobre uso ampliado da cloroquina ou de isolamento vertical (apenas para idosos ou pessoas em situação de risco), por exemplo. Dizem, porém, que há exageros na posição atual do ministério.

 

Com informações do Estadão Conteúdo

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